Visita

Rogério Marinho defende extensão do auxílio emergencial

Ministro do Desenvolvimento Regional esteve em São Luís na manhã de quinta-feira, 27, em visita ao Residencial José Chagas; à tarde, manteve agenda em Barra do Corda

Gilberto Léda da editoria de Política

Atualizada em 11/10/2022 às 12h19
(Ministro Rogério Marinho em SLZ)

SÃO LUÍS - O ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, declarou ontem, durante passagem por São Luís, que, em meio ao debate sobre a criação do Renda Brasil - o novo Bolsa Família do governo Jair Bolsonaro -, a prioridade do presidente da República é garantir uma proposta viável de extensão do auxílio emergencial pelo menos até o dezembro de 2020.

A idéia inicial do governo é manter o benefício, que seria interrompido após o pagamento de cinco parcelas de R$ 600, mas com valor reduzido, na casa dos R$ 300.

Segundo Marinho, a equipe econômica deve apresentar uma proposta nesta sexta-feira. “O presidente já determinou a sua equipe econômica e ao pessoal do Ministério da Cidadania, que são responsáveis por essa política, para que até amanhã [hoje] seja apresentada a ele uma alternativa para ampliação do auxílio emergencial até o mês de dezembro em outro patamares. Essa é a primeira etapa”, declarou.

Sobre o Renda Brasil, o ministro informou que o novo programa deve incluir pelo menos 9 milhões de “invisíveis” no benefício. De acordo com o auxiliar de Bolsonaro, são cidadãos elegíveis para receber o auxílio que, no entanto, estavam fora até mesmo do Cadastro Único do governo federal.

“A nova Renda Brasil, que deve ampliar o atual Bolsa Família e acrescer quase 10 milhões, ou 9 milhões de invisíveis, que foram identificados e que estavam fora até do Cadastro Único do governo federal e das políticas públicas, deverão ser apresentada essa proposta ao Congresso Nacional ao longo dos próximos dias. Mas a emergência, nesse momento, é a prorrogação desse auxílio até o mês de dezembro para que as pessoas continuem a ter condições de se manter em função da pandemia que acometeu o nosso país”, completou.

Fritura - A O Estado, Rogério Marinho negou, ainda, qualquer ação para “fritura” do ministro da Economia, Paulo Guedes. O “Posto Ipiranga” de Bolsonaro se viu enfraquecido após o presidente tonar público que não concordou com a proposta inicial do Renda Brasil apresentada pela equipe econômica.

Guedes apresentou propostas de parcelas entre R$ 240 e R$ 270. Mas Bolsonaro pressiona para que o valor chegue a pelo menos R$ 300 - nesse caso, o ministro da Economia avalia que seria necessário extinguir deduções de Imposto de Renda de pessoa física.

No entorno do governo, segundo noticiou ontem a Folha de S. Paulo, há a percepção de que Marinho torce e age para uma queda de Paulo Guedes. Ele garante, no entanto, que a relação entre os dois é boa.

“Está bem [a relação com o ministro Paulo Guedes]. Nós estamos conversando sempre. Quarta-feria passada eu tive uma longa reunião com ele, nessa terça-feira estive com ele, com o presidente e outros ministros. Estamos conversando normalmente, institucionalmente”, disse.

E atribuiu a “intrigas feitas pela imprensa” o noticiário sobre o processo de “fritura" do ministro da Economia.

“Eu não sou cozinheiro e, por outro lado, eu tenho muito o que fazer. Eu estou aqui em São Luís, daqui a pouco eu vou a Barra do Corda e hoje à noite ainda vou a Cuiabá. A gente tem trabalhado muito, a gente não tem tempo para essa intrigas que são feitas pela imprensa”, concluiu.

Mais

O ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, esteve em São Luís para visitar o Residencial José Chagas, que começou a ser entregue no início deste mês. Por lá, são 256 unidades habitacionais, construídas com um investimento federal de R$ 17,1 milhões, que beneficiam cerca de 1 mil pessoas. O condomínio tem como foco população de baixa renda que residia em palafitas nas proximidades do empreendimento. "Nossa vinda aqui é para fiscalizar, para acompanhar, para verificar se o recurso do governo federal está sendo aplicado, de forma adequada, em benefício da população”, declarou.

"Não estamos interessados em saber quem iniciou”, diz ministro

Alvo de uma disputa interna no governo Flávio Dino (PCdoB), envolvendo dois ex-secretários das Cidades - Neto Evangelista (DEM) e Rubens Júnior (PCdoB), ambos pré-candidatos a prefeito de São Luís -, o Residencial José Chagas teve obras coordenadas pelo governo estadual, mas faz parte de uma ação federal, por meio do programa “Minha Casa, Minha Vida”.

Ao visitar o local, o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, fez questão de destacar o auxílio estadual - citou também o deputado Hildo Rocha (MDB), que chegou a tocar parte da obra quando esteve na Secid -, mas garantiu que o foco do governo Bolsonaro é entregar os benefícios à população, independentemente de quem os tenha iniciado.

"Nós não estamos interessados em saber quem iniciou, estamos interessados em entregar as obras à população. A preocupação do presidente é que as obras, quaisquer que sejam elas, sejam entregues, sejam finalizadas. E uma preocupação toda especial com a questão da habitação”, destacou.

O auxiliar presidencial acrescentou que o governo federal está ciente do déficit habitacional do Maranhão, sobretudo rural, e citou o deputado federal Hildo Rocha, membro da Frente Parlamentar Mista de Apoio a Habitação Rural, ao falar na busca alternativas durante a votação do Orçamento de 2021 para minimizar o problema.

"Nós sabemos que o maior déficit habitacional do Brasil está no Maranhão”, finalizou.

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