Mudanças

Volta às aulas pós-quarentena: como lidar com esse novo cenário

O plano de retorno da educação escolar promete mudar a rotina de crianças, adolescentes e pais; psicóloga dá dicas de como se preparar para este momento

Atualizada em 11/10/2022 às 12h19
É importante observar o comportamento do estudante
É importante observar o comportamento do estudante (criança volta às aulas)

SÃO PAULO- Com a retomada escolar, ainda que de maneira faseada, a mudança certamente altera a rotina de muitos que já se habituaram a compartilhar momentos de estudo, trabalho e lazer em família. Desde crianças, jovens, adolescentes e adultos, todos serão impactados de alguma forma e é importante observar o comportamento de cada indivíduo para dar apoio, caso seja necessário.

Para a psicóloga do Hospital do GRAACC, Renata Petrilli, o sentimento gerado pelo novo momento não pode ser generalizado. "Sabemos que cada um passou por essa etapa de uma forma diferente, mas acredito que, principalmente entre adolescentes que querem muito estar com sua turma de amigos, o reencontro pode ser positivo. Além disso, é um período importante que marca a volta de cada um para o seu espaço, seja qual for", afirma.

No entanto, existem outros lados a serem observados. Há quem ainda não se sinta seguro em enviar seus filhos de volta à escola. Há também a turma de trabalhadores que manterá a rotina de home office, estabelecida pelas empresas empregadoras, por tempo indeterminado, já que os números de mortes pela Covid-19 ainda são considerados alarmantes.

Além disso, a psicóloga afirma que o modo como cada um atravessou a pandemia, somado às experiências e traumas com a doença, podem influenciar no bem-estar. "Uma pessoa que vivenciou a doença de perto ou teve casos com parentes próximos pode ter dificuldades para deixar o isolamento. Assim, é importante avaliar individualmente cada caso para ver se há a necessidade de indicar terapia" complementa Renata.

Dificuldades entre telas

"Há o sentimento de que o conteúdo da escola foi perdido, já que pode ter sido difícil se adaptar aos novos métodos de vídeo. Temos uma paciente no GRAACC que diz que não quer mais atendimento por vídeo. Neste caso, temos que nos esforçar para entender os desejos do outro e ajudar da maneira que for possível", relata a psicóloga ao comentar sobre a aceitação de atendimentos a aulas on-line. A prática mostrou que crianças pequenas não se adaptaram ou tiveram dificuldades para focar sua atenção nessas atividades. Por outro lado, houve quem descobriu novos aprendizados e oportunidades nos métodos online.

Sinais que podem indicar procura por ajuda especializada

- Sonolência em excesso

- Cansaço constante

- Dificuldade de dormir

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