Mulher Negra

Policiais negras do Judiciário falam de suas experiências

Segundo artigo da série de matérias sobre as mulheres negras do Judiciário faz alusão às policiais militares e seus desafios profissionais

Atualizada em 11/10/2022 às 12h19

São Luís - O protagonismo da Mulher Negra está presente em diversos nichos e áreas de atuação no Poder Judiciário do Maranhão, a exemplo, das policiais militares. Responsáveis por promover um ambiente seguro e garantir a proteção de magistrados, servidores, colaboradores e cidadãos, as policiais militares são um exemplo de disciplina, autoridade e responsabilidade.
Para engradecer essas mulheres, auto identificadas como negras, pelo importante Dia da Mulher Negra – comemorado neste sábado (25) – o Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA), por meio do Comitê de Diversidade e Assessoria de Comunicação, compartilha as histórias de duas policiais militares: Gardênia de Oliveira Ferreira e Alessandra de Jesus Mendes.

Gardênia de Oliveira

Dona de uma história de muita luta e êxito, a sargento militar Gardênia Ferreira, atua na sede do Tribunal de Justiça do Maranhão, em São Luís. Sobre a profissão que exerce, ela afirma que “sempre se impôs como mulher, negra e policial militar, função que exerce com muito orgulho”.
Gardênia Ferreira enfrentou diversos desafios por ser mulher e atuar em uma função de comando. “O sentimento que tenho até aqui é de persistência e perseverança. Desafios encontrados não por ser negra, mas sim por ser mulher”, afirma.

Em seu depoimento, a sargento diz não sentir preconceito em seu ambiente de trabalho, que considera tranquilo. Ela deixa um conselho às mulheres negras da sociedade maranhense para que “nunca desistam dos seus sonhos, que sejam persistentes e se imponham sempre”.
Alessandra de Jesus Mendes

Oriunda de uma família humilde, a soldado militar Alessandra de Jesus Mendes afirma que teve uma carreira repleta de desafios, onde as situações de discriminação surgiram desde a escolha pela profissão. “Ouvia frases como ‘você não foi criada para andar com arma na cintura’", revela.
Ela conta que durante o curso de formação e nas unidades militares, havia sempre a comparação com o perfil do “macho”, uma mulher ocupar o espaço que desde a origem do militarismo é predominantemente masculino. “Ao prestar serviço para a sociedade, após a superação de um treinamento militar, até observo olhares e atitudes de admiração, só que as comparações preconceituosas imperam”, diz.

A soldado conta que seus pais, apesar de nunca poderem dar tudo, deram o suficiente para alcançar seus objetivos. “Cresci na simplicidade mas sempre com suporte para estudar, embutiram em mim valores, para acreditar que devo aprender a cada dia, pois não sou detentora do conhecimento. Devo respeitar o direito do próximo, mesmo que não me agrade, por não ser dona da verdade, devo me conhecer, me amar e saber amar”, compartilha

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