Educação

Sinproesemma concorda com retorno de aulas, mas com normas sanitárias

Por determinação do Governo do Estado, aulas presenciais da rede pública estão suspensas no Maranhão desde março, mas estão previstas para retornarem na primeira quinzena de agosto

Ismael Araújo / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h19
Inicialmente aulas devem retornar para o ensino médio, parado desde março
Inicialmente aulas devem retornar para o ensino médio, parado desde março (Colégio Gonçalves Dias)

São Luís - A direção do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica das Redes Públicas Estadual e Municipais do Maranhão (Sinproesemma) informou ontem que não é contra ao retorno das aulas se o Estado afirma que tem as reais condições para a volta das atividades nas escolas, pela necessidade de concluir o calendário escolar. Mas, espera que o Estado garanta o que está estabelecido nos protocolos das autoridades de saúde. No último dia 20, o governo divulgou que as aulas presenciais reiniciarão no próximo dia 10, nas escolas da rede pública estadual. Elas foram suspensas no mês de março deste ano, para evitar a proliferação do novo coronavírus.

“Em primeiro lugar estão a saúde e a vida das pessoas, e é importante sempre que estejam abertos a retroceder de uma decisão quando não tiver a segurança necessária”, declarou o presidente do Sinproesemma, Raimundo Oliveira. Ele ainda disse que desde março, quando aulas foram suspensas, o sindicato sempre se posicionou de acordo com o que as autoridades de saúde, alertando para que de fato o Governo seguisse os protocolos de saúde sugeridos pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e as autoridades de saúde locais.

Raimundo Oliveira informou que o sindicato realiza, com uma certa frequência, reuniões para debater o retorno das aulas com o Conselho Estadual de Educação, Ministério Público e outras entidades ligadas ao movimento estudantil. “O Governo é que tem os mecanismos de aferir se o Maranhão tem ou não as reais condições de retorno das aulas, pois, a Secretaria Estadual de Saúde é que respalda a Seduc estabelecer esse protocolo de retorno”, frisou o presidente do Sinproesemma.

Ele também disse que se não tiver as reais condições para o retorno das aulas é prudente que o Governo reveja essas medidas e avalie outra data. “O Sinproesemma quer garantir a saúde e, principalmente, a vida das pessoas. Temos feito essa colocação”, afirmou Raimundo Oliveira.

Rede privada
O Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Maranhão (Sinepe-MA) informou ontem, por meio de nota, que poderá dar seu parecer sobre o protocolo do Conselho Estadual de Educação após a publicação oficial do documento.

Protocolo
As diretrizes pedagógicas para serem adotadas durante as aulas presenciais nas escolas da rede pública estadual foram divulgadas, por meio de portaria, no último dia 20, pela Secretaria de Estado da Educação (Seduc). Segundo o documento, as escolas voltarão a funcionar de maneira gradativa.

Primeiramente devem retornar os professores e a equipe administrativa, a partir do dia 31 julho. Quanto aos estudantes, a previsão é que somente os que cursam a 3ª série do Ensino Médio retornem às atividades presenciais no dia 10 do próximo mês.

As medidas de restrições possuem o objetivo de evitar aglomerações nas escolas. Neste primeiro momento, os estudantes de cada escola serão distribuídos em dois grupos, que deverão ser alternados semanalmente, enquanto um grupo estiver em atividade presencial na escola, o outro permanecerá em casa, executando atividades remotas passadas pelos professores, com o uso de recursos diversos.

Remarcação
Somente neste ano, o Governo remarcou quatro vezes a volta às aulas nas escolas do Maranhão. O governador Flávio Dino, primeiramente, por meio de decreto, apontou o retorno das aulas para o dia 15 de junho, mas, logo após definiu o dia 1º de julho.

No mês de julho, Dino anunciou a volta das aulas para o dia 1º de agosto e ainda teve mais uma mudança e até o momento a previsão é dia 10 de agosto. As aulas devem retornar, mas com uma série de restrições. Uma delas é o rodízio de estudantes, aulas aos sábados e o ensino híbrido, uma parte sendo presencial e outra a distância.

Superior
A previsão do retorno das aulas na Universidade Federal do Maranhão (UFMA) é dia 14 de setembro. O semestre 2020.1 vai começar em setembro, finalizando até o dia 19 de dezembro deste ano, enquanto, o segundo semestre deve começar somente em fevereiro do próximo ano e se estendendo até o mês de abril.

As aulas terão como base também o ensino híbrido. A direção da universidade informou que as aulas presenciais não serão obrigatórias e serão de responsabilidade do departamento de cada curso. A universidade pretende emprestar tablets e dispor internet para os alunos.

Na Universidade Estadual do Maranhão (Uema), as aulas do primeiro semestre deste ano estão previstas para iniciar no dia 24 de agosto, remotamente, devido a situação de emergência de saúde pública ocasionada pela pandemia do novo coronavírus. O início do segundo semestre está previsto para o dia 7 de dezembro deste ano.

SAIBA MAIS

As escolas deverão cumprir normas sanitárias para evitar o coronavírus

  • Distribuir materiais de higiene e desinfecção para os estudantes, professores e demais funcionários
  • Escalonar o horário de entrada e saída de séries e turmas, com intervalos entre os grupos, a fim de evitar aglomeração
  • Sinalizar o distanciamento nas filas das lanchonetes e restaurantes
  • Aferir a temperatura de todos que estudam ou trabalham no ambiente escolar
  • Desinfectar, de forma permanente e contínua, com produtos adequados ao combate da Covid-19, os locais utilizados rotineiramente nas instituições
  • Suspender as atividades presenciais que podem provocar aglomeração de pessoas, a exemplo de eventos, prática de esportes, torneios, gincanas e solenidades de formatura
  • Instituir uma Comissão de Saúde
  • Garantir o uso obrigatório de máscaras
  • Manter o distanciamento social, sendo 1 metro para ambientes com ventilação natural e 1,5 m para ambientes com ventilação artificial
  • Garantir a lavagem frequente das mãos e observar dos protocolos e etiquetas respiratórias

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