Leilão

BRs-135 e 316, no Maranhão, serão privatizadas pelo Governo Federal

Concessão das rodovias federais à iniciativa privada está prevista para 2022 e tem razão logística, pois estão na rota para escoamento da produção da região conhecida como Matopiba, integrada por Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia

Daniel Matos

Atualizada em 11/10/2022 às 12h19
Reunião do Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos, com participação do presidente Bolsonaro
Reunião do Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos, com participação do presidente Bolsonaro (privatização brs)

SÃO LUÍS - Onze novos ativos de infraestrutura de transportes foram qualificados na tarde dessa quarta-feira (10), durante a 13ª Reunião do Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (CPPI).Fazem parte do pacote de ativos a serem privatizados as BRs 135 e 316, nos trechos que cortam o Maranhão. A qualificação indica prioridade para esses projetos dentro do programa de concessões do Governo Federal.

A concessão das BR-135 e 316 (Maranhão) à iniciativa privada, aprovada na reunião, tem motivação logística e econômica. O trecho de 438 km é fundamental para o escoamento de grãos da região conhecida como Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) e deve ir a leilão em 2022.

No setor portuário, foram qualificados para arrendamento os terminais MAC11, MAC12 e MAC13, no Porto de Maceió (AL); MUC01, no Porto de Mucuripe, em Fortaleza, (CE); TERSAB, no Complexo Portuário de Areia Branca, no Rio Grande do Norte; e dois terminais de combustíveis na área da Alemoa, no Porto de Santos, o STS08 e STS08A. Somente esses dois terminais devem receber investimentos de R$ 1,2 bilhão durante os 25 anos de concessão previstos. O arrendamento desses sete terminais deve acontecer no 2º trimestre de 2021. Ainda no setor portuário, o PPI qualificou também a desestatização do Porto Organizado de Itajaí (SC), que deve ir à leilão no 3º trimestre de 2022.

Aeroportos

A relicitação dos aeroportos internacionais Aluízio Alves (São Gonçalo do Amarante, no Rio Grande do Norte) e de Viracopos (Campinas, em São Paulo) são outros ativos aprovados pelo Conselho.

Para o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, a qualificação desses projetos demonstra que o programa de concessões dom governo segue seu curso normal, mesmo diante da pandemia provocada pelo coronavírus. “Continuamos trabalhando firme na estruturação de projetos, que é a atividade ordinária do Ministério da Infraestrutura. Esses ativos qualificados hoje têm capacidade de atrair investimentos robustos, melhorias na prestação de serviços e geração de empregos. Com um portfólio sofisticado de projetos, temos plenas condições de alcançar os melhores resultados para o país”, avaliou o ministro.

Outras definições

Além disso, 21 trechos de rodovias integradas no Paraná e dois acessos da BR-230/PA foram incluídos no Plano Nacional de Desestatização (PND). O conselho também aprovou o apoio ao licenciamento ambiental da BR-174/MT-RO, que é uma das atribuições do Programa de Concessões e consiste na articulação junto a outros órgãos ambientais no sentido de priorizar as análises de licenciamento das áreas a serem licitadas.

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