Maranhão desperdiça 61% da água potável que produz, aponta estudo nacional
Estado é o pior do Nordeste em desperdício na distribuição de água potável e supera média nacional; em perdas de faturamento, Maranhão é o 2º do país
SÃO LUÍS - O estudo “Perdas de Água 2020 (ano base 2018) - Desafios à Disponibilidade Hídrica e Necessidade de Avanço na Eficiência do Saneamento", elaborado pela GO Associados, aponta que o Maranhão ocupa a quinta posição no país em perdas na distribuição de água e a segunda em perda de faturamento. Nos dois cenários, o estado apresenta média muito acima do índice nacional.
Quando se trata de desperdício de água na distribuição, o Maranhão apresenta uma taxa de 61%. Isso significa que muito mais da metade da água produzida não chega oficialmente à população. Em situação pior estão apenas os estados de Roraima (73%), Amazonas (71%) e Amapá (68%). Também com 61%, o Acre aparece empatado tecnicamente com o Maranhão.
Em comparação com a taxa nacional de perdas de água, de 38%, constata-se que o quadro local é extremamente desfavorável. Em relação ao nove estados do Nordeste, o Maranhão lidera o ranking do desperdício de água na distribuição, 10 pontos percentuais abaixo do vizinho Piauí, penúltimo colocado na região. Em relação às regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul, o cenário maranhense é pior do que em todas as 11 unidades da federação que as integram.
Faturamento
O estudo aponta um cenário ainda mais grave ao analisar as perdas de faturamento com a distribuição de água no Maranhão. De acordo com o levantamento, o prejuízo financeiro no setor atinge quase 70%, ou seja, das cifras projetadas, o estado fatura, efetivamente, pouco mais de 30%.
Para estratificar as perdas de água potável nos maiores municípios brasileiros, o estudo abordou as 100 maiores cidades, que representam 40% da população do país. O nível de perdas dessas cidades, dentre as quais São Luís, é um pouco menor que a média nacional.
Saiba mais
Perdas de água potável ocorrem de maneiras diversas, como vazamentos, roubos/furtos de água e erros de leitura ou leituras imprecisas devido aos hidrômetros serem muito antigos.
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