RIO DE JANEIRO- Manifestar o amor pelo próximo e exercer a coletividade são algumas das reflexões que a atriz Alessandra Negrini vem compartilhando durante a nova rotina imposta pela pandemia do coronavírus. Afinal, encarar os desafios do isolamento não é fácil para ninguém. Confira melhores momentos do bate-papo da atriz com o Gshow.
Rotina em casa
Para encarar o dia a dia, Alessandra recheia sua rotina com exercícios e muita cultura. “Geralmente me dedico às tarefas domésticas, à rotina, faço meditação e exercício todo dia. Às vezes, acordo rebelde e faço o que me dá vontade no momento. Também é bom. Assisto filmes e leio, ponho música para tocar quase que o dia todo. Tenho aplicativos de rádios ao redor do mundo. Ouço jazz, soul, música indiana, africana e samba aos domingos...”, explica a atriz, que passa a quarentena em sua casa, fora da cidade de São Paulo.
Aprendizado
Na quarentena, uma das lições mais importantes é manifestar o amor pelo próximo, diz a artista: “Falo com amigos quando me sinto angustiada, falo com meus pais, posto uma foto, me comunico. Importante lembrar do amor que a gente sente pelos outros e manifestar, isso gera sensação de acolhimento e lembramos que não estamos sós. Também procuro tomar o pouquinho de sol que tiver, porque dá uma alegria imediata. Sábado continua sendo sábado e domingo, domingo, não sei como, mas continua. Os outros dias da semana já se embaralharam”, diz Alê.
Papel na sociedade
Alessandra também usa as redes para espalhar a solidariedade e ressaltar a importância de causas sociais. “Penso que devemos usar as redes sociais também para alertar para causas importantes, defender o que pensamos, apoiar, criticar e exercer a cidadania, principalmente agora", afirma a atriz, que é mãe de Antônio, de 23 anos, e de Betina, de 15.
“Quem é figura pública pode ajudar a ampliar a voz de quem precisa ser ouvido. São muitas as causas importantes, os povos indígenas estão em situação de grande vulnerabilidade assim como as periferias e também os artistas e técnicos do audiovisual e do teatro, que não vão poder trabalhar tão cedo. Precisamos ser solidários e qualquer um pode ajudar quando quer”.
"O que eu espero do futuro é que a gente saia mais forte dessa, individualmente e coletivamente. Acho que ficou claro para todo mundo, até para quem não queria ver, que somos uma coletividade e que todos, mas todos mesmo, somos afetados por ela. Não tem muro de condomínio, área vip, que nos proteja uns dos outros. Não podemos aceitar mais viver num país tão desigual”.
Sentimentos
Mas manter o estado de espírito é um desafio. “Procuro manter a cabeça boa, corpo e espírito fortes porque é inevitável não se sentir triste de vez em quando. Não nascemos para ficarmos longe uns dos outros e muito menos para não nos identificarmos com o sofrimento alheio, e tem muita gente sofrendo nesse momento. O que não dá para fazer é se entregar para o desespero, para a ansiedade. Quando aparece o medo, penso que um dia isso vai passar, respiro e solto o ar devagarinho. Importante ficar no momento presente. Muito importante!”, ensina Alessandra.
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