Área comercial

Reabertura do comércio gera intensa movimentação na Rua Grande

Pontos comerciais administrados por grupos familiares reabriram após mais de dois meses fechados, conforme Decreto número 35.831

Ismael Araújo / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h20

São Luís - A movimentação de pessoas foi intensa na Rua Grande, no centro de São Luís, e nas áreas comerciais de bairros da cidade, na reabertura de pequenos estabelecimentos comerciais, conforme o Decreto nº 35.831, assassinado pelo governador Flávio Dino, no último dia 21. Ontem, essas lojas voltaram a funcionar no estado, após mais de dois meses de portas fechadas.

O vai e vem de pessoas, a maioria usando máscara nas lojas, em algumas havia até fila na porta; vários vendedores ambulantes instalados nas calçadas tentando adquirir a confiança dos clientes. Este foi o cenário ontem na Rua Grande e nas vias paralelas e nas transversais.

“Estou tentando recuperar o meu prejuízo, pois, fiquei parado por dois meses”, declarou o vendedor ambulante, Flávio Pereira, de 34 anos.

João Garcia, de 45 anos, que também faz parte do comércio informal, disse que não conseguiu receber o auxílio emergencial do Governo Federal e nos próximos dias deve se esforçar nas vendas e adquirir dinheiro para pagar nas contas mensais, que, no momento, estão atrasadas.

O vendedor Edson Soares estava na porta da loja de confecções onde trabalha, com o litro de álcool em gel oferecendo aos clientes. Ele contou que as pessoas somente teriam acesso ao ponto comercial após serem higienizadas e estarem usando máscara. “Esta é uma forma de manter os funcionários e os clientes com saúde, ou seja, livre do novo coronavírus”, frisou Edson Soares.

A funcionária pública Ana Karla Almeida, de 56 anos, falou que estava há um mês querendo comprar um presente para um afilhado e foio logo no dia da abertura do comércio na Rua Grande. “As lojas de roupa estavam fechadas e acabou dificultando as compras”, frisou.

Funcionando
Os pontos comerciais da Curva do 90 também amanheceram de portas abertas, ontem. O mesmo cenário era visto nos bairros do Vinhais, Bequimão, Anil e na Cohab. Nesta área da cidade, além das lojas funcionando, havia muitos camelôs instalados nas calçadas dos estabelecimentos, que ainda estavam de portas fechadas.

Ainda foi registrado ontem, principalmente, durante o período da manhã grande fluxo de veículos nas grandes vias da capital, como Avenida Jerônimo de Albuquerque, na Cohab; São Marçal, no João Paulo; e na Guajajaras, no Tirirical. Além disso, havia muitas pessoas nas paradas e não estavam respeitando o distanciamento de no mínimo dois metros.

Fiscalização
O Governo do Maranhão informou, por meio de nota, que equipes de agentes da Vigilância Sanitária do Estado (Suvisa), que integram os serviços da Secretaria de Estado da Saúde (SES), realizarão fiscalização sanitária em supermercados, bancos e apuração de denúncias. Os profissionais sanitários terão apoio de agentes do Procon/MA e da Polícia Militar.

O governo reforçou que qualquer cidadão pode fazer denúncias e pedidos de fiscalização relacionados ao descumprimento de medidas sanitárias e de distanciamento social adotados para a contenção da Covid-19, conforme disposto no decreto n° 35.831, publicado em 20 de maio. As denúncias podem ser feitas pelos telefones (98) 99162-8274 e (98) 99970-0608 e, se possível, acompanhadas de registros fotográficos e gravação de vídeos que auxiliem na comprovação dos fatos.

SAIBA MAIS

Decreto

Desde o dia 21 de março deste ano, apenas os estabelecimentos essenciais estavam funcionando como sendo uma das formas de evitar a proliferação da Covid-19 no estado. No último dia 21, Flávio Dino anunciou o Decreto nº 35.831, que, a partir de segunda-feira, 25, começaria a abertura gradual das atividades econômicas no Maranhão, sendo mantidas diversas restrições de funcionamento e o cumprimento de regras sanitárias para evitar a disseminação do novo coronavírus.

O governador informou que tudo o que já estava autorizado a funcionar continua liberado, caso de supermercados, farmácias e delivery de alimentos, mas, a novidade é que também poderiam abrir pequenas empresas exclusivamente familiares. Enquanto, as lojas de grande porte haveria a possibilidade de voltarem a funcionar a partir da primeira quinzena do próximo mês. Essas definições vão ser semanais, de acordo com as avaliações que serão feitas, e todo esse processo deve durar em torno de 45 dias.

Fechamento

No dia 1º deste mês, a Rua Grande e as vias transversais, no Centro, foram fechadas por ação de força tarefa realizada pela Polícia Militar, Polícia Civil, Guarda Municipal, Blitz Urbana e Corpo de Bombeiros Militar. O bloqueio foi determinado pelo governador Flávio Dino como uma das formas de evitar aglomerações e, por consequência, a proliferação da Covid-19. Um dos motivos para a medida foi a queda no índice de isolamento social no decorrer do mês de abril deste ano, na Ilha e no estado, segundo os dados da In Loco, empresa de tecnologia que usa dados enviados por aplicativos parceiros para aferir deslocamentos dos usuários.

O que pode funcionar

– Pequenas empresas exclusivamente familiares
– Supermercados e mercadinhos, com metade da capacidade
– Delivery de bar, restaurante, lanchonete, depósitos de bebidas e similares
– Hospitais, clínicas, farmácias, óticas e laboratórios
– Drive thru ou retirada no local desses mesmos estabelecimentos
– Serviços de entrega e retirada de lavanderia
– Lojas de tecido
– Oficinas e venda de material de construção
– Coleta de lixo e postos de combustível

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.