Covid-19

AL aprova proposta que proíbe o corte de serviços essenciais no MA

Além deste projeto, que é de autoria de Adriano Sarney e Neto Evangelista, os deputados aprovaram ainda matéria que trata de fake news estabelecendo multa aos meios de comunicação que publicarem "desinformação" sobre a Covid-19

Atualizada em 11/10/2022 às 12h20
Adriano Sarney: proposta sobre cortes de serviços leva em conta as dificuldades financeiras da população
Adriano Sarney: proposta sobre cortes de serviços leva em conta as dificuldades financeiras da população (Adriano Sarney)

São Luís, MA - A Assembleia Legislativa do Maranhão aprovou, nesta segunda-feira, em sessão por videoconferência, o projeto de lei de autoria dos deputados estaduais Adriano Sarney (PV) e Neto Evangelista (DEM) que trata de medidas de proteção aos maranhenses durante a pandemia do novo coronavírus. Se sancionado e se tornar lei, ficará proibido no estado o corte no fornecimento de água, energia e gás.

Ainda de acordo com a proposta, fica vedado o aumento de preço de produtos e serviços; fica suspensa a validade de documentos públicos que necessitem de atendimento presencial para sua renovação e, também, a incidência de multa e juros por atraso no pagamento das faturas de serviços públicos.

“Não podemos esquecer as dificuldades financeiras que a população está enfrentando, ocasionado por essa pandemia da Covid-19. Esse projeto irá proporcionar mais segurança e melhor resultados do ponto de vista eminentemente do enfrentamento sanitário da pandemia, garantindo proteção aos consumidores de serviços públicos essenciais”, disse Adriano Sarney.

O projeto foi aprovado e segue para sanção do governador. As medidas deverão durar até que se finde essa situação atual na saúde pública.

Outras propostas

Outra proposta aprovada pelos deputados estaduais foi o Projeto de Lei 124/2020, de autoria de Othelino Neto (PCdoB). Segundo o PL, os concursos públicos para os profissionais da área da saúde, no âmbito da Administração Pública Estadual, deverão contar como título o tempo de serviço prestado a hospitais públicos e privados pelos profissionais que atuaram diretamente no combate à Covid-19.

O Projeto acatou emendas dos deputados Neto Evangelista (DEM) e Marco Aurélio (PCdoB), incluindo os auxiliares dos serviços hospitalares entre os contemplados.

Foi aprovado, ainda, o Projeto de Lei 134/2020, também de autoria do deputado Othelino Neto, que prevê punição para quem divulgar “fake news” sobre pandemias, endemias e epidemias vigentes no estado. A matéria teve emenda apresentada pelo deputado Dr. Yglésio (PROS), propondo majoração dos valores das multas propostas e um critério de redução de punição, em caso de arrependimento eficaz e reparação de danos por publicação de desmentidos.

“Todos os dias saem notícias com mentiras sobre a pandemia. Essas mentiras atingem a todos, independentemente de lado ou preferência política. Portanto, esse é um passo importante para que possam ser punidas as pessoas que divulgarem fake news”, ressaltou o presidente da Assembleia.

A proposta – que poderá ser tornar lei se sancionada pelo governador Flávio Dino – é vista como uma forma de limitação da liberdade de expressão. Entre o que prevê a proposta, em seu parágrafo único é previsto como fake news “a distribuição individual de desinformação ou boatos via jornal impresso, televisão, rádio, ou mídias sociais”.

Mesmo assim, Othelino Neto diz que a proposta não deve ser confundida com censura à opinião. “Inclusive, no texto da lei está expresso que se estiver sendo emitida opinião não se caracterizará como fake news, mas é preciso combater essa prática desumana, que faz com que pessoas possam perder suas vidas e recursos públicos sejam desperdiçados. A partir desta lei, quem produzir e divulgar fakes, comprovadamente, será multado, independente das legislações específicas na área criminal”, esclareceu Othelino. l

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Arrecadação

Durante a sessão com votação remota também foi aprovada e promulgada a Medida Provisória 306, de autoria do Poder Executivo, alterando a Lei 10.765, de 29 de dezembro de 2017, que dispõe sobre a criação do grupo ocupacional Tributação, Arrecadação e Fiscalização (TAF), da Administração Tributária do Estado do Maranhão; e o Plano de Carreiras, Cargos e Salários.

Também de autoria do Poder Executivo, foi aprovado o Projeto de Lei 152/2020, que autoriza o Executivo a realizar a afetação de bens imóveis em favor do Ministério Público do Estado do Maranhão.

Os parlamentares também aprovaram 13 pedidos de reconhecimento de estado de calamidade pública em municípios maranhenses, entre eles, Colinas, Timon, Lago dos Rodrigues, Carolina, Magalhães de Almeida, Bom Jesus das Selvas, Alcântara, Esperantinópolis, Santa Luzia do Paruá, Conceição do Lago Açu, Rosário, Mata Roma e Santa Inês.

Em todos os pedidos, os prefeitos justificam a declaração de estado de calamidade em saúde pública em razão da existência de casos confirmados da Covid-19 e de H1N1.

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