Operação

Membros de facção paulista são presos em São José de Ribamar

Foram detidos três criminosos, que, em janeiro deste ano, mataram um jovem de 19 anos na cidade balneária; prisões ocorreram em megaoperação

Nelson Melo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h20
(PRISÃO FACÇÃO EM RIBAMAR )

SÃO LUÍS - Uma megaoperação deflagrada pela Polícia Civil, por meio da Superintendência de Polícia Civil da Capital (SPCC), culminou na prisão de três criminosos, na manhã dessa quarta-feira, 13, na cidade de São José de Ribamar, localizada na região metropolitana de São Luís. Os capturados, de acordo com informações dos investigadores, são integrantes de uma facção que se originou em São Paulo. O grupo estava sendo procurado devido a um assassinato cruel.

Conforme explicado pelo delegado Carlos Alessandro, titular da SPCC, as equipes fizeram as incursões logo nas primeiras horas, para que não houvesse nenhuma chance de os alvos escaparem. Os policiais civis da Seccional Sul e da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), além de guardas municipais lotados em São José de Ribamar, saíram a campo com mandados de prisão preventiva para cumprir contra os então foragidos da Justiça.

Carlos Alessandro informou que os mandados de prisão forma expedidos pela Central de Inquéritos e Custódia de São Luís. Os faccionados foram identificados apenas pelas iniciais L.R.S., T.S.S., J.L.S.S., e Y.C.C.S, pois seus nomes não foram divulgados devido à Lei de Abuso de Autoridade.

O crime

O titular da SPCC explicou que os três são suspeitos de terem matado, de forma bárbara, Lucas Barbosa Pereira, que tinha 19 anos, na Vila Mestre Antônio, em São José de Ribamar. O crime aconteceu no dia 23 de janeiro deste ano. Na ocasião, a vítima estava tranquilamente em casa, quando vários homens encapuzados e portando armas de fogo e facas invadiram, de maneira furiosa, a residência.

Mesmo gravemente ferido, Lucas Barbosa ainda foi levado pelos vizinhos até o Hospital Municipal Doutor Clementino Moura (Socorrão 2), na Cidade Operária, mas não resistiu pouco depois. O delegado Carlos Alessandro frisou que foram quatro meses de investigação, até que a equipe conseguiu identificar todos os envolvidos. Os membros da facção paulista foram encaminhados ao Complexo Penitenciário de Pedrinhas.

Operação Intramuros

Essa facção de São Paulo tem presença forte no Maranhão. Por este motivo, as forças policiais, vez por outra, realizam incursões para encontrar esses bandidos. Em outubro do ano passado, por exemplo, a Polícia Federal (PF) deflagrou, no dia 15, a “Operação Intramuros”, nas cidades de Imperatriz, Codó e na região metropolitana de São Luís, em uma ação que teve como foco prender lideranças dessa organização. No total, foram cumpridos 32 mandados de prisão preventiva e 32 de busca e apreensão nos locais mencionados. “Gente graúda” do grupo, como Arley de Nazaré Alves Souza Júnior, o “Júnior Bala”, foi capturado em São José de Ribamar.

De acordo com a PF, a operação foi realizada pela Delegacia de Combate aos Crimes contra o Patrimônio, com a finalidade de reprimir o tráfico de drogas e armas no Maranhão.

Os mandados foram decretados pela 1ª Vara Criminal de São Luís, por meio do juiz Francisco Ronaldo Maciel Oliveira.

Foram 150 policiais federais deslocados para as incursões, não apenas do Maranhão,
como de outros estados, como Goiás, Bahia, Rio Grande do Norte, Paraíba e Amapá,
bem como do Distrito Federal. As equipes recolheram diversas provas da
materialidade delitiva dos faccionados. “As investigações foram iniciadas após
trabalhos de inteligências da Polícia Federal, que identificaram a atuação de facções
criminosas no Estado do Maranhão. Observou-se que o grupo criminoso é dividido de
forma estruturada e piramidal e possui um setor responsável por planejar e realizar
tráficos de drogas, armas e outros crimes no Estado”, frisou a PF.

Os faccionados foram indiciados por tráfico de drogas, porte ilegal de armas e
organização criminosa. Além de “Júnior Bala”, foram presos outros membros da cúpula e também “robôs” – os de hierarquia inferior na facção, pois apenas recebem
ordens dos chefes – da organização, como Adeilson Miranda Oliveira, o “Mata Gato”;
“Tunico”; “Xonxon”; Carlos Adriano e “Pulguinha”.

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