Razão, quem tem?
Se os números de mortos e internações no Maranhão não dispararam de forma mais alarmante, é porque a maioria da população ouviu
as vozes certas.
Ninguém melhor do que os médicos, sabe, nessa hora, o que e como fazer.
Quem defendia a tese de que o coronavírus não é tão grave vê agora que não tinha razão. E não tem. Quem tem razão é quem
compreendeu os riscos da pandemia, ficou em casa quando podia, passou a usar máscara e álcool gel e a cumprir a etiqueta respiratória, mesmo com prejuízos materiais e emocionais.
São esses que merecem o reconhecimento, juntamente com todos aqueles profissionais que se arriscam para cuidar dos outros.

Relaxamento
Noto, porém, que o fato de não repetirmos aqui o que aconteceu na Itália e em Nova York tem estimulado um gradual relaxamento dos cuidados.
A vida precisa voltar ao normal, mas vai demorar. Entre o oito e o oitenta, existem muitas possibilidades. Não é hora de baixar a guarda.
Ambientes mais fechados e com gente dentro, no contexto de uma epidemia sem remédio e sem vacina, é um fator gigantesco de risco.
Estamos todos cansados do isolamento, com saudade da família, dos amigos e da vida lá fora, preocupados com o emprego e com o
futuro.
Ainda temos muito pela frente. Pagar o menor preço não é apenas uma questão de bom senso, mas de humanidade. Pelos que foram, por nós e pelos que virão.

Plantas medicinais
A farmacêutica maranhense e especialista em plantas medicinais Kallyne Bezerra entrevista hoje, durante uma live em seu canal no Instagram, o professor de Farmacibotânica e de Pancs da Universidade Federal do Rio de Janeiro, em Macaé, Gilberto Dolejal
Zanetti.
O tema será “Plantas Medicinais e Pancs (plantas alimentícias não convencionais) para as mais diversas patologias”.
A conversa acontecerá às 10h.
Kallyne Bezerra, que traçou uma brilhante carreira ao lado da botânica Terezinha Rêgo, é uma das profissionais da área mais atuantes no Maranhão.
Durante a pandemia, suas dicas têm atraído as atenções dos internautas diariamente.

Fique em casa
O medo de contrair a Covid-19 tem levado muita gente às clínicas de São Luís para exames e radiografias.
Resultado: lotação, atendimentos lentos e aglomerações. É que a maioria da população fica preocupada ao perceber qualquer sintoma que possa estar relacionado à doença.
Digo e repito: é bom lembrar que, acima de tudo, é preciso manter a calma e evitar esses ambientes, uma vez que o vírus está à solta e numa dessas, ao invés de se procurar a solução, pode-se adquirir o problema.
Nas conversas com os meus amigos, este é o conselho que dou, pois há que se levar em consideração o estado psicológico das pessoas, haja vista o ineditismo do cenário em que nos encontramos atualmente. Mas vai passar!

Lição do sábio Churchill
Não custa nada lembrar: o totalitarismo parecia tomar conta da Europa durante a Segunda Guerra Mundial. O estadista inglês Winston
Churchill em um discurso deu injeção deânimo que deve ser lembrado agora: “Lutaremos nas praias, lutaremos nos locais de
desembarque, lutaremos nos campos e nas ruas, lutaremos nas colinas, nunca nos renderemos”. Em pouco tempo, o inimigo
invisível será derrotado.

TRIVIAL VARIADO

Esta é a 18ª semana do ano. Para várias culturas e religiões, o número está vinculado à sabedoria. Tomara que se estenda aos governos que precisam decidir sobre preservação da vida e condições de sustentação da Economia.

A primeira manifestação de sabedoria foi dada segunda-feira pela manhã. O presidente Bolsonaro desfez especulações de que mais
um ministro poderia estar saindo. “O homem que decide a economia do Brasil é um só, chama-se Paulo Guedes”, disse.

Ou seja, Bolsonaro repetiu o que já se sabe: Guedes é o pino de segurança do governo. Caberá a ele conduzir agora o plano de
recuperação econômica, tarefa complicada e de proporções inéditas.

As possibilidades de investimentos, em uma fase de crise, aumentarão quando Bolsonaro anunciar que os próximos dois anos e oito meses de governo serão com menos solavancos.

Explico: a saída de dois ministros de grande popularidade obrigou a manobra equivalente à troca de pneus de carros da Fórmula 1,
correndo na pista e sem parar nos boxes.

Prestem atenção: quem voltar às ruas depois da fase de isolamento vai estranhar. É que estabelecimentos estarão fechados para sempre. Empresários sem receitas não conseguem resistir ao pagamento de contas, que se mantiveram. Muitos vão se
aperceber sobre o que é o autoritarismo dos governos.

Observem bem o tamanho do desespero: até agora, 94 países entraram em contato com o Fundo Monetário Internacional para pedir ajuda.

Não há mais espaço para instrumentos usados por muitos governos diante de crises ao longo de décadas: arranjavam um jeito ou buscavam desculpas. Acabou-se esse tempo.

As empresas maranhenses de transporte intermunicipal vivem um momento de reflexão. Por mais duros que sejam os embates, é a união de todos que supera momentos como atualmente vividos. Desde o começo do isolamento social, o número de passageiros caiu
mais de 50%.

DE RELANCE

Bloqueio total
Em entrevista coletiva realizada na última segunda-feira, o governador do Maranhão, Flávio Dino, esclareceu que, levando-se em
consideração os números de casos confirmados e de óbitos em decorrência do novo coronavírus, as regiões metropolitanas estão mais próximas de decretar o lockdown, ou seja, o bloqueio total do comércio nãoessencial, do que a reabertura das atividades, após o dia 5.

Bloqueio total 2
Dino informou que, nesta semana, passam a funcionar 40 novos leitos de UTI na Ilha de São Luís, sendo 20 disponíveis no Hospital Real e 20 no Hospital Universitário Presidente Dutra. Serão entregues ainda leitos clínicos que atenderão a área Itaqui-Bacanga.

Isenção de ICMS
A Assembleia Legislativa do Estado aprovou, no início desta semana, durante a quarta Sessão Extraordinária com Votação Remota por Videoconferência, novas medidas para o enfrentamento da pandemia da Covid-19 no Maranhão. Entre as principais matérias apreciadas estão a isenção de pagamento do ICMS nas operações internas destinadas ao combate, prevenção, enfrentamento e contingenciamento do novo coronavírus no estado.

Higiene bucal
Muitos não se dão conta, mas a higiene bucal deve ser intensificada neste período, já que uma das portas principais de entrada do vírus é a boca. E um alerta: o cuidado redobrado com a higiene das mãos é de extrema importância para a saúde bucal, pois como as mãos são imprescindíveis para o uso do fio dental, do higienizador da língua e da escova de dente, é importante que elas estejam bem limpas, para que se possa levá-las até a cavidade bucal. Uma boa higienização da boca pode evitar, principalmente, problemas pulmonares, que tornam a doença ainda mais perigosa.

Leia um livro
Será que alguém está aproveitando os dias de isolamento social para ler um livro? Acredito que procurar uma boa leitura, mas aquela que possa fazer espairecer e esquecer os problemas que todos nós enfrentamos, é uma boa ideia. Afinal, ler exercita o cérebro e previne a degeneração cognitiva, prevenindo doenças neurodegenerativas.

Leia um livro 2
No capítulo: é preciso, no entanto, que seja uma história agradável, altruísta, positiva e que leve o leitor a pensar em coisas boas e desperte nele os genes da esperança. Todos nós estamos abalados e não é por menos. Daí a necessidade de exercitarmos a positividade, com o consumo de mensagens do bem, que exaltem o lado bom da vida.

Live da Faene
O professor Péricles Barros foi o convidado especial do diretor da Faculdade de Negócios Faene, Ricardo Carreira, para uma live especial na página oficial da instituição no Instagram. A conversa girou em torno do tema “Educação, conhecimento e pesquisa: grandes conectores para projeções de um futuro viável”. Entre outras coisas, eles debateram as mudanças no processo educacional
com a utilização de ações virtuais e metodologias ativas.

Jatobá e Imburana
Em Balsas, a Universidade Federal do Maranhão recebeu da Associação de Produtores de Algodão do Maranhão e da Fazenda Planeste, a doação de 1035 mudas de plantas típicas do cerrado. Entre as espécies estão jatobá, imburana, angico, ingarana, capitão, oiti, baru e flamboyant. As mudas serão distribuídas ao longo do espaço disponível e, também, para ornamentação da
fachada do campus, que dispõe de três prédios, projetados de forma que se adaptassem às espécies de plantas que já estavam ali anteriormente, preservando a vegetação nativa.

Para escrever na pedra:
“Depois de certo número de anos, nossa cara passa a ser a nossa biografia”. De Cynthia Ozick, em The Paris Review.

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