Trajetória

Adriana Calcanhotto fala de sua carreira em podcast

No podcast ''Essenciais'', da Deezer, a artista conta sua trajetória, passando por Lupicínio Rodrigues a Rubel e contando curiosidades sobre Maria Bethânia

Atualizada em 11/10/2022 às 12h20
Adriana Calcanhotto fala sobre sua carreira
Adriana Calcanhotto fala sobre sua carreira (Adriana Calcanhotto)

SÃO PAULO- Uma voz marcante, fluida como o mar; que às vezes revolta, já foi vista como pop rock; e que já deu samba. Não à toa, Adriana Calcanhotto fez a trilogia "Maritmo" (1998), "Maré" (2008) e "Margem" (2019), e a influência do oceano, assim como os cuidados com a composição e curiosidades de sua vida artística, ela conta no Essenciais, da Deezer.

Neste episódio, o podcast original - série com grandes nomes da música brasileira - traz desde a Adriana que teve breve passagem por bares e restaurantes de Porto Alegre, sua cidade natal, até a professora da Universidade de Coimbra; sem deixar de passar pelo Rio de Janeiro, onde chegou em 1989. Em Porto Alegre teve a confirmação que fazer covers não lhe fazia sentido, precisava se apropriar das canções. No Rio, a efervescência cultural e a energia do litoral lhe deram o mar. Em Coimbra, foi um renascimento após problemas físicos para tocar violão, e então ela virou professora da canção.

No meio de tudo isso, Adriana, tímida ainda com suas canções, conta que seu primeiro álbum, "Enguiço", de 1990, foi dedicado à Maria Bethânia. Calcanhotto afirma que não existiria como artista se não fosse Bethânia, por isso a homenagem era natural e óbvia. "Aí alguém me ligou um dia e disse: ‘A Maria Bethânia gostaria de saber se a Maria Bethânia para quem você dedica seu disco é ela’. Eu falei: "Mas tem outra?"- risos.

Adriana Calcanhotto recebeu outro telefonema, e o interlocutor dizia que Bethânia ligaria mais tarde para falar sobre o álbum. "Então liguei para o Luciano Alabarse (diretor de teatro e de espetáculos musicais), contei e perguntei: o que faço? Ele respondeu: ‘Põe perfume, fica do lado do telefone e atende’" - diverte-se. Até hoje elas têm muito contato e Adriana, compositora, não manda mais canções nomeadas para Bethânia, pois a baiana sempre troca.

Com "Senhas", álbum de 1992 já repleto de composições próprias, Adriana estourou com a música "Esquadros": "Eu acho que você tem que fazer uma canção. Se ela é um hit isso não é com você, é com o mundo. Entende?" - é isso que ela diz aos seus alunos na Universidade de Coimbra, em Portugal.

Este Essenciais, com contextos históricos citados, da Semana de Arte Moderna ao Plano Collor I, quando houve o "sequestro das cadernetas de poupança" no início dos anos 90, não fica sem "Vambora", outro hit da cantora. Tema inclusive do casal homossexual Rafaela e Leila (Christiane Torloni e Sílvia Pfeifer), na novela "Torre de Babel".

Adriana Partimpim, heterônimo para discos dela ditos para crianças, também não fica de fora. O nome é alcunha de como a própria se apresentava aos outros na infância, segundo o pai da cantora. Tem também a história de sua ligação com o samba de Lupicínio Rodrigues e a recente gravação de "Você Me Pergunta", música composta por Rubel para ela. O compositor também dirigiu o clipe da canção, em que os dois se beijam.

Ficou curioso? Corre e aperta o play no Essenciais com Adriana Calcanhotto . Ouça também a playlist especial deste episódio

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.