Funcionamento

Comércio em bairros continua aberto, apesar de determinação

Decreto Estadual determinou o fechamento imediato dos pontos comerciais como sendo uma das formas de precaução e de conter a proliferação do vírus Covid-19; Polícia Militar percorreu bairros para fechar lojas

Ismael Araújo / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h20

[e-s001]Após cinco dias de o Governo, por meio do Decreto Estadual de número 35.677, ter determinado o fechamento imediato das lojas, bares, restaurantes e shoppings, com exceção dos serviços essenciais, por um período de 15 dias, como uma das formas de precaução e de conter a proliferação do vírus do coronavírus, pontos comerciais estabelecidos em bairros permaneciam em funcionamento, ontem. No fim da manhã de ontem, a Polícia Militar estava atuando nos bairros, no intuito de que o comércio fosse fechado.

Na Camboa, pontos de comércio localizados na avenida principal atendiam normalmente os clientes, além de outros, no interior no bairro. Bancas de vendedores ambulantes também foram instaladas nas calçadas e na via central.

Era possível, ainda, observar aglomerações de pessoas, sobretudo, nos cantos de ruas do bairro. Um idoso, que não quis se identificar, estava sem camisa e não utilizava máscara, em via pública, comprava verduras. Uma mulher andava com seus dois filhos, sendo um deles de colo, sem nenhuma proteção contra a doença.

No bairro Liberdade, o cenário era semelhante. Vários pontos comerciais estavam funcionando normalmente, a maioria deles, localizados ao longo da Avenida Luiz Rocha. O proprietário de uma loja de reforma de móveis, comentou que abriu o estabelecimento para fazer alguns serviços que tinha começando antes de ter saído o decreto do Estado.

A área comercial dos bairros da Vila Palmeira, do Anil e da Cohama também estava funcionando ontem. Entre os estabelecimentos comerciais abertos havia clínicas, escolas de cursos profissionalizantes e lojas de eletrodomésticos e de confecção. Ainda era possível observar a presença de vendedores ambulantes.

[e-s001]Distante do Centro
Os locais distantes do centro da capital também estavam com a área comercial em funcionamento ontem. Logo na entrada do Cohatrac, podia-se observar as lojas funcionando. Para não chamar a atenção das autoridades, alguns desses pontos comerciais somente estão com uma porta aberta. Na Avenida Grande Oriente, as lojas não pararam de funcionar e até mesmo é possível observar os produtos expostos na calçada.

Na Avenida Contorno Sul, além das lojas abertas, há aglomerações de pessoas. Lucas Brandão, de 11 anos, estava andando de patinete pela via na companhia de seu pai, Raimundo Sousa, de 53 anos. “Concordo com o isolamento social durante esse período de pandemia, mas devemos andar um pouquinho pelas ruas o bairro onde moramos”, frisou o morador.

O comerciante Reginaldo Brandão, de 42 anos, disse que militares no último fim de semana mandaram fechar a sua lanchonete, mas, ainda existem outros pontos comerciais funcionando diariamente. “A lei deve ser para todos e não somente para uma minoria”, reclamou Reginaldo Brandão.

No Parque Jair, na cidade de São José de Ribamar, também é possível observar o comércio funcionando mesmo na presença da polícia. Na Avenida Carlos Augusto há lojas de confecção, de eletrodomésticos e até mesmo de peças de veículos, de portas abertas. “Os pontos comerciais estão funcionando normalmente no bairro, mas, eu vendo churrasquinho nos eventos estou parada e sem ganhar dinheiro”, disse Maria dos Santos, de 47 anos.

Outros bairros em que a área comercial está funcionando são o Parque Vitória e o Maiobão, em Paço do Lumiar. A maioria das lojas, localizadas nas principais vias dessas localidades, ainda ontem estavam com as portas abertas. Também havia crianças e idosos andando sem o uso de máscara.

[e-s001]No fim da manhã, equipes da Polícia Militar percorreu vários bairros para garantir que o comércio fosse fechado. Comerciantes que se negavam a baixar as portas receberam notificações e a ordem de atender a determinação de fechamento por 15 dias, de acordo com o decreto estadual.

SAIBA MAIS

DECRETO

A assessoria do governo informou ontem, por meio de nota, que o Decreto Estadual n° 35.677, de 21 de março de 2020, proíbe as práticas relatadas. O seu descumprimento enseja detenção, de um mês a um ano, e multa, conforme previsto pelo artigo 268 do Código Penal. Orienta que denúncias sejam realizadas à Polícia Militar pelo número do telefone 190.

NÚMERO

190 é o telefone que você deve ligar para fazer denúncias do comércio aberto, segundo o governo
15 dias é o período em que as lojas devem permanecer fechadas

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