Sem atividades

Cononavírus: setor de entretenimento contabiliza prejuízos devido à suspensão de eventos

Empresas e produtores culturais foram obrigados a adiar ou cancelar festas, shows e outros tipos de eventos

- Atualizada em 11/10/2022 às 12h20
O produtor cultural Mário Júnior também cancelou eventos
O produtor cultural Mário Júnior também cancelou eventos (Mário Júnior )

São Luís - Um dos segmentos prejudicados pela mudança de comportamento devido à crise decorrente do coronavírus é o de entretenimento. Em São Luís, muitos produtores culturais já afirmaram que tiveram prejuízos ao anunciarem o cancelamento de eventos, principalmente porque já haviam tido gastos antecipadamente.

“Nós teríamos um evento no dia 1o de maio e já havíamos pago valores antecipadamente aos artistas. No entanto, agora, nem sabemos se ainda vai acontecer. Estamos totalmente de braços cruzados. Nossa atividade inclui reunião de pessoas, geralmente centenas. No entanto, além de termos consciência, é de se esperar que ninguém se interesse em ir a eventos para se proteger de um possível contágio”, diz o produtor Nelson Piquet, proprietário da Piquet Produções.

Gastos - De acordo com Piquet, a empresa também teve gastos com divulgação e impressão de ingressos. “Além disso, nós temos contas mensais a pagar e vivemos de eventos. Infelizmente, paralisar é a melhor atitude a tomar, pois a nossa saúde e a de toda a população deve estar em primeiro lugar”, disse.

Mário Carneiro Júnior, que realiza festas periodicamente, entre elas, a itinerante “Samba do Pinto”, disse que, por enquanto, não há nada a fazer, a não ser acompanhar os desdobramentos pela televisão e redes sociais. Acostumado a frequentar lugares badalados com alta concentração de pessoas, ultimamente ele tem se trancado em casa e, no máximo, visitado parentes.

“Não vejo nada que possamos fazer em termos de negócio, inclusive pelas redes sociais, enquanto passa essa fase crítica, pois não sabemos até quando vai durar e até lá muita coisa vai mudar”, acredita Mário Carneiro Júnior.

O produtor cultural revelou que é a primeira vez que deixa de fazer o que mais gosta. “É uma situação totalmente atípica para mim, mas necessária, pois estamos lidando com um vírus sobre o qual temos pouca informação. Logo, é preciso cautela de todos”, disse.

Empresas e produtores, aos poucos, anunciam o fechamento provisório de suas casas de eventos e o cancelamento ou adiamento de shows. Ricardo Fernandes, proprietário do Casarão Colonial, no Centro Histórico de São Luís, que costuma atrair grande número de pessoas aos domingos, publicou nota no Instagram comunicando que, a partir deste domingo, a casa estará fechada até que prevaleça a normalidade.

“Nosso espaço é um misto de casa de shows e boteco e até poderíamos funcionar enquanto boteco, mas sabemos que precisamos evitar aglomerações e, por isso, paralisaremos totalmente, até que tenhamos mais segurança para retomar as nossas atividades. Mas temos a certeza de que voltaremos com força total para comemorar a nossa vitória na guerra contra o coronavírus”, disse Ricardo Fernandes.

A empresa 4Mãos foi uma das primeiras a anunciar o adiamento do evento “Bloquinho do Bell”, que aconteceria no dia 21 de março, para o 31 de maio. A empresa, no entanto, segue com a entrega das camisas para o evento, de segunda a sábado, das 16h às 22h, e aos domingos, das 14h às 20h.

O Ministério Público e o Procon/MA emitiram nota recomendando a bares, restaurantes e similares a higiene permanente dos locais, com distanciamento mínimo de dois metros entre as mesas e o arejamento dos ambientes o máximo possível.

Os órgãos também emitiram documento voltado a diversos setores com orientações específicas. As empresas que atuam nas áreas de lazer, entretenimento, desportos e eventos, por exemplo, deverão observar o Decreto Estadual 35.660/2020, suspendendo eventos de qualquer natureza com previsão de grande aglomeração. Para os eventos que já tinham ingressos vendidos, recomendaram o reembolso integral dos consumidores ou a garantia de validade do ingresso para evento futuro.

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