Navio

Operação Abastecimento Reverso se manteve durante o fim de semana

Cerco ao navio Stellar Banner, encalhado na costa do Maranhão, tem como uma das missões retirar o óleo; até sábado, 14, mais de 30% das 3.500 toneladas de óleo já haviam sido retiradas da embarcação de bandeira sul-coreana

Ismael Araújo / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h20
Navio, com bandeira sul-coreana, está encalhado na costa maranhense desde o dia 24 de fevereiro
Navio, com bandeira sul-coreana, está encalhado na costa maranhense desde o dia 24 de fevereiro (navio)

O trabalho da equipe da operação Abastecimento Reverso, que tem como um dos objetivos de retirar o óleo do navio Stellar Banner, continuou durante todo o fim de semana. A operação começou no último dia 14 e deve se estender por mais 10 dias. A embarcação está carregada com mais de 300 mil toneladas de minério de ferro e está encalhada desde o dia 24 de fevereiro deste ano, a 100 quilômetros de São Luís, na costa maranhense.

A operação de resgate é realizada pelas equipes contratadas pela Polaris Shipping e está sendo acompanhada por equipes do governo federal, da Marinha e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Até o último dia 14, mais de 30% das 3.500 toneladas de óleo já tinham sido retiradas no navio. Esse trabalho deve durar por mais 10 dias, mas, depende diretamente das condições meteorológicas e oceanográficas.

A Marinha informou que a retirada do óleo é a primeira etapa do resgate do navio. Logo após, vai acontecer a retirada de quase 300 mil toneladas de minério de ferro da Vale, que iriam para a China. A embarcação apresenta uma avaria de 25 metros na parte da frente e fica mais leve sem o óleo e o minério. Com isso, os técnicos esperam que a embarcação flutue e saia do banco de areia.

Operação
De acordo com a Marinha, 255 militares da Marinha do Brasil estão empregados nessa operação de resgate do navio Stellar Banner como ainda cinco rebocadores, sendo que três com materiais de combate à poluição causada por óleo e também servindo de apoio. Além disso, estão sendo usados um drone com câmera térmica, um helicóptero S-76C e três embarcações de suporte às atividades contingência de derramamento do óleo.

Visita do ministro
No último dia 4 de março, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, fez uma visita ao local onde o navio está encalhado. Durante uma entrevista coletiva, ele comentou que não havia mais óleo no mar, como foi verificado nas últimas operações do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais e Marinha do Brasil. A pequena quantidade que havia sido detectada recentemente se dissipou na água salgada, sem risco de causar poluição no Oceano Atlântico, o que poderia gerar prejuízos inestimáveis à fauna marinha, em virtude da contaminação.

“Não há nova detecção de óleo no mar. Mas, em caráter preventivo, a Marinha do Brasil, o Ibama, a Vale e a empresa proprietária do navio estão permanentemente atuando no local, com boias para o caso de novos vazamentos”, declarou o ministro do Meio Ambiente. Além disso, segundo Ricardo Salles, o dois navios Oil Spill Recovery Vessel (OSRV), que foram solicitados a Petrobras para contenção de eventual vazamento, estão em atividade na área onde a embarcação sul-coreana está com a quilha enterrada na areia com 275 mil toneladas de minério de ferro, que seriam levados até a China.

O ministro destacou que o Gabinete de Crise, coordenado pela Marinha, está realizando o trabalho junto com os outros órgãos e agências.

O incidente
De acordo com informações da Vale, os 20 tripulantes do navio MV Stellar Banner foram evacuados, por medida de precaução, na noite do dia 24 de fevereiro, data do incidente. O comandante da tripulação adotou a manobra de encalhe a cerca de 100 quilômetros da costa de São Luís, segundo relatado pela mineradora. A embarcação foi construída em 2016 e está sendo operada pela empresa sul-coreana Polaris. O suporte técnico-operacional está sendo realizado por meio de rebocadores e navios da Petrobras.

Segundo a Capitania dos Portos do Maranhão, a embarcação transportava minério de ferro. O problema na avaria ocorreu nas proximidades da boia n° 1, no cantal da Baía de São Marcos, a uma distância de 32 milhas do Farol de Santana. O incidente foi registrado por volta das 21h30 daquele dia. Equipes de mergulho da Marinha do Brasil estão fazendo os trabalhos de inspeção, para que sejam identificados os danos no casco e compartimentos alagados.

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