Senadores e deputados derrubaram ontem um veto do presidente Jair Bolsonaro cujo impacto aos cofres públicos será de R$ 20 bilhões só neste ano. A decisão foi entendida como uma retaliação ao governo na tensão política criada em torno do Orçamento e aconteceu durante a maior crise econômica dos últimos anos.
Medida foi derrubada pelos senadores por 45 votos a 14 e, em seguida, pelos deputados por 302 votos a 136.
Enquanto os congressistas retaliavam o governo, o ministro da Economia, Paulo Guedes, se reunia com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta e com os presidentes das duas Casas do Congresso e parlamentares para discutir como viabilizar recursos par a enfrentar a pandemia.
Na reunião, Guedes defendeu o entendimento com o Congresso:
“Temos que trabalhar juntos. A luta política existe. Mas a saúde do povo brasileiro está acima da luta política. Chegou o momento que não dá pra brigar. Agora é um problema de saúde pública e de impacto econômico”. disse o ministro.
A decisão do Congresso amplia o acesso ao Benefício de Prestação Continuada (BPC) — que representa um salário mínimo pago a pessoas com deficiência e idosos de baixa renda. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), lamentou o resultado e disse que trabalhou para a manutenção do veto.
“Acho que foi uma sinalização equivocada. É claro que todos querem melhorar o valor do BPC, do Bolsa Família, os investimentos sociais no Brasil. Agora, o Orçamento é um só — afirmou Maia, acrescentando: — Na hora em que você toma a decisão de criar despesa de um lado, tem que entender que pode, inclusive, estar correndo o risco de ter um espaço menor para conseguir mais recursos para o enfrentamento ao coronavírus.
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