CPI

Polícia vai investigar fake news no Senado

Presidente da CPI pediu investigação sobre uso da internet da Casa para espalhar notícias falsas

Atualizada em 11/10/2022 às 12h20
Angelo Coronel pediu investigação sobre uso de internet do Senado para disseminar fake news
Angelo Coronel pediu investigação sobre uso de internet do Senado para disseminar fake news (Angelo Coronel)

BRASÍLIA

O senador Angelo Coronel (PSD-BA), presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que investiga a disseminação de conteúdo falso na internet, informou nesta terça-feira (10) ter pedido à Polícia Legislativa que apure o uso da rede de internet do Senado para a divulgação das chamadas "fake news" e de agressões virtuais.

O jornal "O Globo" noticiou que documentos sigilosos encaminhados à CPI mostram que, entre fevereiro e maio de 2019, a página "snapnaro", apontada como uma conta utilizada para a divulgação de notícias falsas e ataques virtuais, foi editada a partir da rede do Senado, cujo IP é 201.54.48.198. Durante os quatro meses, foram feitos 95 acessos ao perfil por meio da rede da Casa.

"O Globo" também notificou que o perfil, já apagado, divulgava publicações favoráveis ao presidente Jair Bolsonaro e atacava adversários políticos do presidente da República.

O jornal também informou que a conta, criada em 2017, foi apagada horas depois do depoimento da deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), ex-líder do governo no Congresso, à comissão, em dezembro do ano passado. A parlamentar citou o perfil durante participação na CPI.

O documento ao qual "O Globo" teve acesso foi encaminhado à CPI pelo Facebook, empresa à qual o Instagram pertence.

O documento, conforme o jornal, também diz que o perfil foi acessado de outras cidades, como São Paulo (SP), São Luís (MA), Saquarema (RJ) e Alegre (ES).

'Criminosos digitais'

Em fala divulgada pela assessoria, o presidente da CPMI, senador Angelo Coronel, disse que as investigações serão aprofundadas para que os "criminosos digitais" que transitam pelo Senado sejam descobertos.

"Imagine em uma Casa como o Senado, uma Casa pública, uma pessoa utilizar de suas máquinas ara atacar alvos, depreciar imagens e a honra de pessoas, isso é inconcebível", disse Angelo Coronel.

"Vou pedir rapidez para que a gente descubra e encaminhe os culpados para o Ministério Público, para que possa tomar as devidas providências já que a CPMI não tem caráter punitivo. Vamos nos aprofundar nas investigações para que a gente descubra quem são os criminosos digitais que andam transitando pelos corredores do Senado", completou.

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