Investigação

Crime ambiental será apurado pela PF em relação a navio encalhado no Maranhão

A investigação vai avaliar as circunstâncias que levaram a embarcação a encalhar na Baía de São Marcos, por meio do Comitê Estadual de Segurança Portuária (Cesportos)

Nelson Melo / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h21
(navio cargueiro)

SÃO LUÍS - O navio MV Stellar Banner, que é de propriedade da empresa sul-coreana Polaris, continua encalhado a uma distância de 100 quilômetros da costa maranhense, no Oceano Atlântico, em cima de um banco de areia. A Polícia Federal no Maranhão (PF) abriu um inquérito para apurar crime ambiental, uma vez que já vazaram dos porões cerca de 333 litros de óleo e ainda existe a possibilidade de poluição no mar por conta do minério de ferro.

De acordo com a Polícia Federal, a investigação vai avaliar as circunstâncias que levaram a embarcação a encalhar na Baía de São Marcos, por meio do Comitê Estadual de Segurança Portuária (Cesportos), presidido pela PF. O crime ambiental estaria relacionado ao vazamento de óleo no mar, bem como ao impacto que o contato do minério de ferro com a água oceânica pode causar no ecossistema, afetando os fatores bióticos (organismos vivos) e abióticos (ambiente físico e químico que fornece condições de vida).

O incidente

De acordo com informações da Vale, os 20 tripulantes do navio MV Stellar Banner foram evacuados, por medida de precaução, na noite do último dia 24. O comandante da tripulação adotou a manobra de encalhe a cerca de 100 quilômetros da costa de São Luís, segundo relatado pela mineradora. A embarcação foi construída em 2016 e está sendo operada pela empresa sul-coreana Polaris. O suporte técnico-operacional está sendo realizado por meio de rebocadores e navios da Petrobras.

Segundo a Capitania dos Portos do Maranhão, a embarcação transportava minério de ferro. O problema na avaria ocorreu nas proximidades da boia n° 1, no cantal da Baía de São Marcos, a uma distância de 32 milhas do Farol de Santana. O incidente foi registrado por volta das 21h30 daquele dia. Equipes de mergulho da Marinha do Brasil darão início aos trabalhos de inspeção, para que sejam identificados os danos no casco e compartimentos alagados.

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