Saúde e Bem-estar

Manter hábitos antigos após a bariátrica pode colocar em risco resultados da cirurgia

Especialista ressalta importância do acompanhamento pós-operatório multidisciplinar para evitar o problema

Atualizada em 11/10/2022 às 12h21
Para obter e manter os bons resultados com o procedimento, é fundamental promover uma mudança de hábitos.
Para obter e manter os bons resultados com o procedimento, é fundamental promover uma mudança de hábitos. (superobeso cirurgia bariátrica q)

São Paulo - A gastroplastia, também chamada de cirurgia bariátrica ou redução do estomago, é uma das opções mais indicada para quem está lutando contra os problemas relacionados à obesidade. A cirurgiã do aparelho digestivo que atua na Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Carina Fernandes Barbosa, revela que o procedimento pode ajudar a reduzir diabetes, hipertensão, enxaqueca, depressão, apneia do sono, colesterol alto, asma, esteatose hepática, doença do refluxo, ovários policísticos, incontinência urinaria, osteoartrite, varizes e gota.

No entanto, segundo a especialista, para obter e manter os bons resultados com o procedimento, é fundamental promover uma mudança de hábitos.

“O reganho de peso pós-cirurgia bariátrica, normalmente, está vinculado à ausência de mudança no estilo de vida dos pacientes. A falta de atividade física, más escolhas alimentares e o não acompanhamento psicológico estão entre os agravantes”, alerta a especialista.

De acordo com dados de 2017 da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), cerca de 15% das pessoas que fazem o procedimento não conseguem manter bons resultados.

Protocolo ERAS reduz tempo de recuperação
Indicada para pacientes com IMC acima de 35 ou 40, com comorbidades, e para aqueles com IMC acima de 30, portadores de Diabetes Mellitus tipo 2, insulinos dependentes com difícil controle da doença, a bariátrica pode ser realizada por diferentes métodos.

A cirurgiã cita o Bypass Gástrico em Y de Roux e a Gastrectomia Vertical, podendo ser feita por cirurgia robótica, como as opções que permitem recuperação mais rápida, sobretudo quando aliadas ao Protocolo ERAS (Enhanced Recovery After Surgery, Otimização da Recuperação Pós-Operatória).

Trata-se de um conjunto de práticas aplicadas ao pós-operatório, que integra as equipes médicas às multidisciplinares com o objetivo de alinhar processos para reduzir complicações no pós-operatório e, consequentemente, diminuir também o tempo de internação hospitalar.

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