Comportamento

Medo, você já sentiu? Veja dicas sobre como superá-lo

Por que sentimos? Muitas situações podem desencadear essa emoção, desde ver uma barata até um revólver na sua cabeça

Atualizada em 11/10/2022 às 12h21

[e-s001]São Paulo - O medo não é sinal de fraqueza ou covardia. Muito pelo contrário, é uma reação involuntária e natural com a qual o ser humano convive ao longo de vários momentos de sua vida.

Muitas situações podem desencadear essa emoção, desde ver uma barata até um revólver na sua cabeça. O cérebro é ativado involuntariamente quando sofre tais estímulos estressantes, liberando substâncias que disparam o coração, tornam a respiração ofegante e contraem os músculos. Essa é a conhecida reação de luta ou fuga, afinal, o medo está associado ao instinto de sobrevivência.

Se as pessoas não sentissem medo, não viveriam por muito tempo. Isso porque sem essa emoção faríamos qualquer coisa sem pensar duas vezes: andaríamos entre os carros em alta velocidade nas avenidas, ficaríamos lado a lado de animais ferozes, pularíamos de prédios etc. O medo, portanto, é uma trava que nos ajuda a pensar nos riscos e consequências antes de fazermos algo e também é uma resposta imediata nos momentos em que nos sentimos amedrontados e precisamos agir.

Medo: o que mais aflige a humanidade?
Uma pesquisa feita pelo Pew Research Center, em 2017, em 38 países ao redor do mundo, revelou que os três maiores medos da humanidade são:
Estado Islâmico – 62%;
Mudanças Climáticas – 61%;
Ciberataques – 51%.
Esses são medos em escala global, com algumas variações conforme a região no planeta Terra. No entanto, não podemos nos esquecer dos medos corriqueiros, que perseguem as pessoas no dia a dia mesmo. Falar em público, por exemplo, é um medo muito mais comum do que imaginamos.

Uma pesquisa conduzida pelo jornal britânico Sunday Times entrevistou 3 mil pessoas no Reino Unido e demonstrou que o “receio de falar em público” era o maior medo de 41% dos entrevistados. Esse medo superou até o temor de viver com problemas financeiros e o receio em relação à morte e doenças.

As diferenças entre medo e fobia
O medo é uma emoção completamente natural, que surge em diversas situações. É um mecanismo de proteção que mantém os seres vivos. No entanto, quando esse medo evolui e passa a comprometer o seu dia a dia e as suas relações, há o risco dele ter se tornado uma fobia.

Diferente do medo, a fobia é algo extremo. De acordo com uma pesquisa feita pela ISMA-BR, associação internacional sem fins lucrativos, 23% das pessoas deixam de fazer algo em seus dias por conta de um nível excessivo de medo.

A fobia é um medo desproporcional e exagerado, muito acima do normal. Há pessoas que têm fobia de animais, objetos ou situações. Existem vários tipos de fobias, por isso, nesses casos, é preciso buscar tratamento, como a terapia, para entender melhor pelo o que você está passando e como trabalhar as causas e sintomas (Informações de Vittude.com).

SAIBA MAIS

[e-s001]7 dicas para superar os seus medos

O medo é uma emoção normal, que continuará existindo e evitando que você se exponha a grandes riscos, no entanto, em alguns momentos é possível trabalhá-los para que eles não te impeçam de viver e se relacionar com as pessoas. Se você tem medo de altura, falar em público ou andar de avião, que tal começar agora a mesmo a superá-los para que não se tornem impeditivos em sua vida?
Abaixo, eis algumas dicas para começar a colocar em prática que ajudarão no processo de superação dos seus medos:

1. Aceite os seus medos
Uma das piores coisas que você pode fazer é negar que tem determinado medo. Tudo começa com um bom processo de aceitação, pois a partir disso você estará pronto para encará-lo e entender como resolvê-lo.
Seja amigo do seu medo, encare-o de frente, fale sobre ele. É importante ter clareza e aceitar o que te aflige.

2. Escreva sobre os seus medos
A escrita é uma ferramenta poderosa para organizar os seus pensamentos, emoções e medos. Já experimentou escrever sobre aquilo que te provoca calafrios no meio da noite? Não precisa mostrar para ninguém se não quiser, apenas escreva como uma forma de aliviar o que você sente em relação aos seus medos.
Tente tornar esse um exercício diário ou semanal e comece a reparar se as suas emoções se organizam melhor dessa forma.

3. Cultive pensamentos positivos
Tente não viver dentro de um looping negativista. É muito mais fácil encarar os seus medos sob uma ótica pessimista: “nunca vou superar”, “é difícil demais”.
O segredo é confiar em si mesmo e ir atrás do suporte necessário para ultrapassar os seus medos e impedir que eles dominem a sua vida. Para isso, cultivar pensamentos positivos é importante. Já ouviu falar naquela história de que a energia que cultivamos influencia na nossa vida? É isso! Para criar um ambiente propício para a superação dos medos é preciso acreditar, pensar e verbalizar essa positividade.

4. Ressalte as suas vitórias
É um comportamento muito comum dar destaque apenas para as perdas e derrotas, não é mesmo?
A dica é mudar essa perspectiva e passar a alimentar muito mais as suas vitórias. O medo é nutrido pelos seus fracassos e pelo negativismo, portanto, para superá-lo é importante dar menos espaço para o que acontece de ruim. Coloque todas as suas vitórias no holofote e use-as como combustível para continuar a sua jornada.

5. Converse sobre os seus medos com amigos e familiares
Outra maneira interessante de superar os medos é falando sobre eles. Muitas vezes, temos vergonha de expô-los e nos esquecemos de que esse o diálogo pode ser uma ferramenta muito poderosa de cura ou alívio.
O primeiro passo é procurar por pessoas com as quais você tem mais familiaridade e se sente mais confortável para conversar sobre o que sente. O diálogo também é uma maneira de entender que todo mundo tem medos e que você não está sozinho nessa luta.

6. Foque na sua respiração
Durante as situações de medo e tensão a sua respiração ficará ofegante. Ela tem ligação direta com o seu estado emocional. Respirar fundo e ter controle sobre o ar que entra e que sai pode ser muito eficaz nesses momentos.
A meditação, por exemplo, é uma ótima maneira de começar a trabalhar a sua respiração e o foco no presente. Se você nunca praticou, experimente usar aplicativos de meditação guiada, que são ótimas alternativas para quem está iniciando.

7. Faça terapia
Muita gente nem sabe disso, mas alguns medos e fobias são decorrentes de situações que acontecem lá na infância. Isso mesmo, às vezes algum trauma que você viveu desencadeou um medo que você mesmo não sabe explicar.
Para trabalhar os seus sentimentos, gatilhos emocionais e resgatar como a sua história pode estar impactando a sua vida atualmente, busque o auxílio de um psicólogo. A terapia é uma maneira muito eficaz de trabalhar os seus medos com a ajuda de um profissional que será capaz de conduzir diálogos construtivos.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.