Maranhenses reagem a vídeo de Bolsonaro contra o Congresso
O chefe do Executivo já se posicionou sobre o assunto, e disse que "troca mensagens de cunho pessoal, de forma reservada"; senadores e deputados criticaram compartilhamento do presidente
Membros da bancada maranhense no Congresso Nacional manifestaram-se ontem a respeito da notícia de que o presidente da República, Jair Bolsonaro, compartilhara, via WhatsApp, vídeo convocando apoiadores a irem às ruas no dia 15 de março para defendê-lo.
O chefe do Executivo já se posicionou sobre o assunto, e disse que “troca mensagens de cunho pessoal, de forma reservada”. “Qualquer ilação fora desse contexto são tentativas rasteiras de tumultuar a República”, afirmou, no Twitter,
“Tenho 35 milhões de seguidores em minhas mídias sociais (Facebook, Instagram, YouTube e Twitter) onde mantenho uma intensa agenda de notícias não divulgadas por parte da imprensa tradicional. Já no Whatsapp tenho algumas poucas dezenas de amigos onde, de forma reservada, trocamos mensagens de cunho pessoal. Qualquer ilação fora desse contexto são tentativas rasteiras de tumultuar a República”, disse o presidente.
Também no Twitter, a senadora Elziane Gama (Cidadania-MA) condenou o envolvimento de Bolsonaro no caso. Segundo ela, “o presidente da República tem obrigação de preservar a harmonia entre os poderes”.
O coordenador da bancada maranhense no Congresso Nacional, deputado Juscelino Filho (DEM) afirmou ser inadmissível uma autoridade “estimular” atos contra o Legislativo e o Judiciário.
“A redemocratização do país é uma preciosa conquista do povo brasileiro. Nós sabemos o incalculável preço que foi pago para se ter de volta a liberdade de opinião, funcionamento e a cidadania sendo exercida pelo soberano voto popular. Por isso, é inadmissível que autoridades públicas estimulem atos de flagrante desrespeito ao Congresso Nacional e às Cortes Supremas. Na justifica tamanha afronta à democracia e ao estado de direito. Diferenças devem ser resolvidas com diálogo”, enfatizou.
Crime
O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), também se posicionou. Segundo o comunista maranhense, trata-se de postura “extremamente grave” que pode ensejar denúncia por crime de responsabilidade.
“Extremamente grave que altas autoridades civis e militares estejam apoiando atos políticos contra os Poderes Legislativo e Judiciário. Os defeitos destes tem que ser enfrentados de acordo com as leis, não com coação. Lembrando que tal coação constitui crime de responsabilidade”, disse.
Mais
Na semana passada, o general Augusto Heleno, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), acusou o Congresso de “chantagear” o governo e acabou deflagrando uma crise.
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