Aumento de passagem

PSOL critica deputado por apoio a aumento de tarifa em SL

Yglésio Moyses é pré-candidato a prefeito e havia utilizado a tribuna da Assembleia Legislativa, na última segunda-feira, para defender o reajuste de 10% das tarifas de ônibus que circulam em São Luís

Ronaldo Rocha/Da editoria de Política

Atualizada em 11/10/2022 às 12h21
Franklin Douglas diz que deputado defendeu aumento de imposto
Franklin Douglas diz que deputado defendeu aumento de imposto (Franklin Douglas)

O professor universitário, advogado e jornalista, Franklin Douglas, pré-candidato a prefeito de São Luís pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), utilizou o seu perfil em rede social para repudiar discurso do deputado estadual Yglésio Moises (PROS), na Assembleia Legislativa, de defesa do reajuste da tarifa de ônibus do sistema de transporte público da capital.

Ao tratar do tema na última segunda-feira, Yglésio levantou uma série de pontos que teoricamente teriam provocado prejuízos financeiros aos empresários do sistema rodoviário nos últimos anos. Com o argumento, ele justificou o reajuste.

O parlamentar também sugerir cobrança de imposto para motoristas de aplicativos, como o UBER, para que seja criado uma espécie de fundo para uso exclusivo de recursos no transporte público. A sugestão de Yglésio foi criticada por Franklin Douglas.

“Em 12 [Yglésio] defendeu o aumento das passagens, imposto para motoristas de aplicativos e os ‘carrinhos’ e a política (ineficiente) de transportes da Prefeitura. Não satisfeito, ainda anunciou mais aumentos. Enfim, uma ativa voz em favor dos donos de ônibus”, escreveu o pré-candidato do PSOL.

Discurso

Ao utilizar a tribuna da Assembleia Legislativa, Yglésio fez primeiro uma comparação entre a quantidade de pessoas que utilizam o serviço de transporte público em relação aqueles que dispõe de veículo próprio; afirmou que carros e motocicletas ocupam 70% da área física em estacionamentos e depois falou sobre o subsídio ao transporte público.

‘[…] Aqui nós temos um verdadeiro pânico quando fala em subsidiar o transporte público e não pode ser assim, porque existe uma despesa a ser paga, o combustível subiu, há aumento de funcionários no setor rodoviário, há despesas, por exemplo, com a colocação de ar-condicionado dentro dos ônibus e as pessoas precisam ter este conforto nos coletivos”, disse.

Ao contrário do que disse Yglésio sobre o aumento de contratação de funcionários pelas empresas de ônibus, contudo, profissionais que atuavam como cobradores estão sendo demitidos de seus postos. A função é acumulada por motoristas.

Em outro trecho do discurso, Yglésio argumentou a ascensão de empresas por aplicativo, como a UBER e 99, defendeu a taxação do serviço. O objetivo, segundo o deputado, seria reverter o dinheiro para o fundo, que serviria para subsidiar o transporte público.
“As empresas de aplicativos, dona UBER veio para cá, dona 99, uma série de empresas de aplicativos ganhar dinheiro em São Luís, muito dinheiro e não deixam um centavo de ISS, deputado Edivaldo Holanda, aqui dentro da nossa cidade. Eu tive uma conversa com o secretário de Fazenda e ele me disse que a gente tem a possibilidade, quando fizer a cobrança dessas empresas para cá, de arrecadar mais de R$ 1 milhão por mês com o ISS e fazer investimento no sistema de transporte, porque é isso que precisa. A gente tem que chegar um momento e dizer”, disse e completou: “Tem fundo para educação, tem fundo para saúde, tem fundo de segurança pública e a gente não quer fazer um fundo para transporte para fazer investimento?”.

Para Franklin Douglas, Yglésio atua como uma “voz ativa”, em defesa da classe empresarial do sistema rodoviário. l

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