ISTs

Infecções Sexualmente Transmissíveis diminuem no Maranhão entre 2018 e 2019

No entanto, o estado ainda registrou mais de 3 mil casos de Infecções Sexualmente Transmissíveis, como sífilis, hepatites virais e HIV/Aids, no ano passado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h21
Usar a camisinha é imprescindível para evitar as ISTs
Usar a camisinha é imprescindível para evitar as ISTs ( Embalagem dos preservativos será substituída até o fim do ano)

Um milhão de novos casos de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) são contabilizados no mundo, todos os dias. A informação é do último Boletim da Organização Mundial da Saúde, a OMS, e diz respeito às enfermidades curáveis em epidemia mundial – gonorréia, sífilis, clamídia e tricomoníase. Dados do Ministério da Saúde indicam que a tendência de elevação no número de casos de ISTs também é notada no Brasil. Sífilis é doença que mais se destaca, com 158 mil notificações no país, em 2018, que é o ano mais recente que o Ministério da Saúde disponibilizou dados completos. A situação é pior entre os jovens com idade entre 15 e 29 anos, responsáveis pela maior parte dos registros de contágio. Na contramão dos dados ruins das ISTs, no Maranhão, os números caíram de 2018 para 2019.

A Secretária de Estado da Saúde do Maranhão aponta que, em 2019, 3.084 pessoas foram notificadas com Infecções Sexualmente Transmissíveis, como sífilis, hepatites virais e Aids. Esse número apresenta uma redução de quase 40% em relação a 2018, quando o número estava em 5.125. Os mais afetados pelas ISTs no estado são jovens de 15 a 29 anos.

A chefe do Departamento de Atenção às IST/Aids e Hepatites Virais da Secretaria de Saúde do Maranhão, Jocélia Frazão, garante o estado tem trabalhado para que o número caia entre os jovens. Segundo ela, os avanços no combate às Infecções Sexualmente Transmissíveis e Aids consistem na implantação dos testes rápidos em 19 regiões de saúde abrangendo 217 municípios. Com isso, aumenta as chances de que mais pessoas possam ter acesso a unidades básicas de saúde para realizarem os testes necessários.

“Essa faixa etária de 15 a 29 anos, a gente tem trabalhado em prol das populações chaves e prioritárias tentando ter acesso a essa faixa etária. A gente está até com um mote na campanha ‘A Luta é compartilhada. A prevenção tem que ser combinada”, está levando nas redes sociais buscando esses jovens para estar conversando porque conscientizar a gente não consegue, mas orientar na prevenção sim.

O comerciário Francisco Ferreira, 25 anos, foi diagnosticado com HIV aos 22 anos de idade. O jovem vivia um relacionamento em que nenhum dos dois usava preservativo. Na época, ele não teve nenhum sintoma forte, apenas diarreias constantes e que sua aparência saudável não demonstrava algo grave. Passado alguns dias, as diarreias ficaram mais constantes e intensas, levando Francisco a procurar um posto de saúde.

Com isso, o jovem realizou os exames, mas confessa que o medo de saber o resultado fez com que ele demorasse a pegar o diagnóstico, tendo que realizar outro procedimento. Após a confirmação do diagnóstico, Francisco conta que ficou internado por três meses em um hospital, e que durante a internação ficou muito debilitado, sentido fortes dores de cabeça. Hoje, ele conta que conseguiu se recuperar e que leva uma vida até melhor do que antes.

“Eu desenvolvi até hábitos mais saudáveis. Eu não acostumava fazer exercícios físicos e não me acostumava a me alimentar tão bem e, sabendo da necessidade de fazer isso, eu desenvolvi hábitos mais saudáveis, exercícios físicos, e hoje a carga da droga está bem controlada, já está indetectável. Eu levo a vida normal, logicamente com mais cuidado que eu tinha antes, a prática sexual é sempre com preservativo e hoje eu estou com a vida normal, eu continuo saindo, dançar, me divertir.”

SAIBA MAIS
Sem camisinha, você assume o risco. Use camisinha e se proteja do HIV e de outras infecções, como a Hepatites. Para mais informações, acesse: saude.gov.br/ist.

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