Saúde

Maranhão contabiliza 26 casos de dengue e dois de chikungunya este ano

Ministério da Saúde já alertou que o Maranhão está entre os estados brasileiros com possibilidade de surto de dengue a partir de março; população deve ajudar na prevenção à doença, por meio de medidas simples, como não deixar água parada

Nelson Melo / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h21
Água parada é o ambiente ideal para a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue
Água parada é o ambiente ideal para a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue (dengue)

A dengue é uma doença febril grave causada por um arbovírus, que é transmitida por picada de inseto, o mosquito Aedes aegypti, o mesmo transmissor da febre Chikungunya e do Zika vírus. No Maranhão, já foram registrados 26 casos este ano, de acordo com informações confirmadas pela Secretaria de Estado da Saúde (SES). Os números, segundo o órgão, representam uma redução de 84,9% em relação ao mesmo período de 2019. Além disso, ocorreram, até o momento, duas notificações de Chikungunya no estado.

Segundo a SES, já aconteceu, também, um caso de Zika no estado em 2020. Com relação ao mesmo período do ano passado, foi detectada uma queda de 92,85%. No que tange a Chikungunya, a redução foi de 94%.

Mobilização
De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, os 217 municípios maranhenses foram mobilizados para a realização do Levantamento de Índice Rápido para Aedes aegypti (LIRAa) e também para o Levantamento de Índice Amostral (LIA), que são metodologias que permitem obter resultados dentro de uma segurança estatística aceitável. São ferramentas que geram informações oportunas para aumentar a eficácia do combate ao vetor Aedes aegypti no trabalho de rotina, como também de fornecer informações objetivando o balizamento das atividades de mobilização social.

Também foi iniciado, conforme a secretaria, o acompanhamento do controle vetorial, dispensação de insumos para o enfrentamento das arboviroses e nebulização espacial, que são parte do Programa de Prevenção e Controle de Arboviroses. “Além disso, está em curso o plano de ação para combate ao mosquito na Região Metropolitana, que deve ser executado a partir de fevereiro em parceria com Secretaria de Estado de Governo e Prefeituras”, informou o órgão.

Possibilidade de surto
O Maranhão está entre os 11 estados brasileiros que podem ter surto de dengue este ano, a partir de março. De acordo com o Ministério da Saúde, outras 10 unidades federativas estão nessa lista. São da região Nordeste, além do Rio de Janeiro e do Espírito Santo, considerados de maior risco para doença. A situação pode piorar em breve porque as contaminações aumentam no verão, já que a estação chuvosa é mais propícia para a proliferação do mosquito Aedes aegypti, que transmite o vírus.

O alerta acontece porque o tipo 2 do vírus da dengue voltou a circular no fim do ano de 2018, depois de 10 anos sob controle, e desde então, vem encontrando populações suscetíveis à doença. A informação sobre o surto foi dada pelo porta-voz do Ministério da Saúde, Rodrigo Said, no dia 15 deste mês. Ele frisou que as regiões do Sudeste e os nove estados do
Nordeste, pouco afetadas no ano passado, estão sendo motivo de preocupação do órgão. “A dengue é uma doença sazonal, e o quadro é dinâmico, e pode mudar em pouco tempo”, destacou.

A previsão é que ocorra o surto da doença, além do Maranhão, no Espírito Santo, Rio de Janeiro, Ceará, Piauí, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia.

CASOS DE 2019

Conforme a Secretaria de Estado da Saúde, no ano passado, o Sistema de Informação de Agravos de Notificação registrou no Maranhão quatro óbitos por dengue, um por Chikungunya e nenhum por zika vírus. No total de 2019, o Sistema de Informação de Agravos de Notificação registrou 2.094 casos confirmados de dengue, 348 de Chikungunya e 61 de Zika vírus, no intervalo de janeiro até dezembro.

SAIBA MAIS
A dengue

A dengue é causada por um arbovírus (vírus transmitidos por artrópodes) que se apresenta em quatro tipos diferentes: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4. Atualmente, os quatro sorotipos circulam no Brasil, intercalando-se com a ocorrência de epidemias, geralmente associadas com a introdução de novos sorotipos em áreas anteriormente não atingidas ou alteração do sorotipo predominante.

O vírus é transmitido pela picada de mosquitos da espécie Aedes, que também são responsáveis pela transmissão da Chikungunya, febre amarela e Zika. A dengue pode ter diferentes apresentações clínicas e de prognóstico imprevisível. Os primeiros sintomas aparecem de quatro a 10 dias depois da picada. A doença começa bruscamente e se assemelha a uma síndrome gripal grave, caracterizada por febre elevada, fortes dores de cabeça e nos olhos, além de dores musculares e nas articulações.

O Ministério da Saúde e as secretarias (estaduais e municipais) de Saúde alertam a população para ajudar na prevenção à doença, por meio de medidas simples, como não deixar água parada, pois os ovos do mosquito podem sobreviver nesses ambientes.

NÚMEROS

Dados de 2020

Dengue: 26 casos
Chikungunya: 2 casos
Zika: 1 caso

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