Sinal de trânsito

Moradores do Jaracati reclamam da sinalização da avenida Carlos Cunha

O trecho dessa via já registrou em um período de menos de cinco meses dois acidentes graves e um deles, ocorrido em setembro do ano passado, resultou em cinco mortes

Ismael Araújo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h21

SÃO LUÍS - A falta de uma grade de ferro ou de concreto ao longo da avenida Carlos Cunha como também a presença de forma contínua de agente de trânsito e a ausência de uma sinalização mais rigorosa são uma das reclamações dos moradores do Jaracati. Nesta localidade, nas proximidades da ponte Bandeira Tribuzzi, ocorreram dois acidentes graves em um espaço de tempo de menos de cinco meses. A ocorrência mais recente foi na madrugada de sábado (11) e deixou quatro feridos, enquanto, o outro caso ocorreu no dia 8 de setembro do ano passado, que resultou em cinco mortes.

Ainda na manhã de segunda-feira (13) era possível encontrar os destroços deixado pelo veículo desgovernado, que invadiu a residência, localizada nas proximidades da ponte, no último dia 11. No momento do acidente, nesse local havia um casal e duas crianças, que sofreram lesões pelo corpo, mas foram medicados e, no momento, não correm mais risco de morte.

Também se pode observar uma das bases de concreto da ponte quebrada como ainda buracos ao longo da extensão da margem dessa via e algumas proteções de ferro estão amassadas, principalmente, no sentido da via Camboa ao Jaracati, que segundo os populares, resultado de colisões de veículos, que circulam em uma velocidade acima da permitida, inclusive, durante o fim de semana.

Corredor da morte

Gilcilene dos Santos, de 30 anos, reside nesse local com seus três filhos, menores de idade. Ela definiu esse trecho como corredor da morte. “A gente faz a travessia com as crianças correndo e essa via é conhecida como corredor da morte”, desabafou a moradora.

Ela ainda disse que o sinal de trânsito abre e fecha para os pedestres em um curto período de tempo, pois, o certo seria a presença de forma contínua dos agentes de trânsito na via. “Como se pode atravessar com crianças em um intervalo menos de um minuto uma avenida larga. O certo era o guarda de trânsito orientando o pedestre, principalmente, no momento de pico quando as crianças estão indo ou voltando da escola”, declarou Gilcilene.

A outra moradora, Rafaela Nascimento, de 26 anos, informou que de forma diária há casos de atropelamento. Na última semana, um idoso tentou atravessar na faixa, localizada próxima à Casa da Mulher Brasileira, e acabou sendo atropelado por um carro, de marca e placas não identificadas, que teria desrespeitado o sinal de trânsito.

Ainda na primeira quinzena do mês passado, uma criança foi a vítima. “Um veículo, no sentido Jaracati a Camboa, bateu no menor e foi socorrido pelo Samu, mas não corre mais risco de morte, pois, precisamos de um guarda de trânsito direto nessa avenida”, alertou a moradora.

Antônia Pereira, de 45 anos, disse que, além de um guarda de trânsito, ainda precisa de uma via mais segura, inclusive, com mais faixa de pedestre e sinal. “A sinalização de trânsito, que há na via, não proporciona segura para os moradores”, afirmou.

Quem também estava ontem na localidade era o defensor público, Gabriel Furtado, acompanhado de parlamentares. Ele declarou que ainda esta semana vai solicitar a indenização para as vítimas como ainda pedir ao Poder Público a instalação de grades seguras para a área e a remoção dos populares para o Residencial Moradora do Sol, na área do Maracanã, mas, garantindo escola para as crianças.

“A gente faz a travessia com as crianças correndo e essa via é conhecida como corredor da morte”.Gilcilene dos Santos – moradora do Jaracati

Sinalização

A Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT) informou ontem, por meio de nota, que recentemente realizou a adequação da sinalização da avenida Professor Carlos Cunha, nas proximidades da ponte Bandeira Tribuzzi, com a implantação de nova sinalização vertical e semafórica no trecho próximo ao Banco do Brasil, e realizou a alteração na configuração geométrica da via, com a eliminação de um dos retornos da cabeceira da ponte, sentido Camboa. A SMTT ressalta que as medidas adotadas na avenida decorreram de uma decisão conjunta entre a Secretaria e representantes da comunidade.

Fique sabendo

Dados do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) revelam que durante o passado o Maranhão registrou 214.747 infrações. Entre os casos, 89.988 estão relacionados a motoristas transitando acima da velocidade permitida no estado. Na capital, ocorreram mais de 11 mil infrações por condutores transitarem pela faixa exclusiva do transporte coletivo.

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