Diretoria

Delegado Alexandre de Oliveira assume função estratégica na Funai

Ele vai comandar a Diretoria de Proteção Territorial (DPT), considerada a mais importante da fundação

Atualizada em 11/10/2022 às 12h21
(funai)

BRASÍLIA - A Fundação Nacional do Índio (Funai) nomeou o delegado Alexandre Silveira de Oliveira, da Polícia Federal, para comandar a Diretoria de Proteção Territorial (DPT), considerada a mais estratégica do órgão.

Juntamente com a Diretoria de Administração e Gestão e a de Proteção ao Desenvolvimento Sustentável, a DPT forma o setor que organiza administrativamente a Funai.

A Diretoria de Proteção Territorial é responsável por cinco coordenações. Uma delas é a coordenação-geral de índios isolados e recém contatados (CGIIRC), que tem como atribuição proteger 28 povos indígenas isolados, investigar a existência de outros 86, além da atenção aos povos de recente contato.

Delgado da PF por quatro anos no Acre, Alexandre Silveira de Oliveira já teve sua nomeação publicada no "Diário Oficial da União (DOU)", mas, segundo informou a Funai, só assumirá o posto no dia 15 deste mês.

Índios isolados
Em outubro de 2019, o blog noticiou a exoneração do então coordenador-geral da CGIIRC, o indigenista Bruno Pereira, após forte pressão de ruralistas ligados ao governo.

Servidor de carreira da Funai desde 2010, Bruno Pereira ocupava essa coordenadoria de índios isolados, que é a mais técnica do órgão, por pouco mais de um ano.

Coordenadorias regionais
Como mostrou o blog na semana passada, indigenistas da Funai mapearam a tramitação interna no órgão de cerca de dez novos processos de nomeações nas coordenadorias regionais espalhadas pelo país.

Em 2019, primeiro ano do governo Bolsonaro, a fundação trocou ao menos oito dos 39 coordenadores regionais do órgão: Itanhaém (SP), Boa Vista (RR), Rio Branco (AC), Palmas (TO), Guarapuava (PR), Alto Solimões (AM), Dourados (MS) e Humaitá (AM).

Historicamente, os cargos de coordenadores regionais sempre foram livres de ingerência política. Até por isso, o novo modelo de troca tem gerado críticas e protestos de indígenas de diversas regiões. Antes, as trocas eram dialogadas com os indígenas, suas representações e servidores.

A maioria dos novos coordenadores é formada por militares ou policiais, como Oliveira. O próprio presidente da Funai, Marcelo Augusto Xavier da Silva, também é delegado.

Indigenistas da Funai e indígenas de algumas regiões tem protestado contra a nomeação de agentes da área de segurança para postos técnicos da Fundação.

Informações do G1

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