No caminho certo...

Dos quatro grandes do Maranhão, apenas um não manteve seu treinador

Sampaio, MAC e Imperatriz confiaram nos trabalhos dos seus comandantes e apostaram na continuidade para 2020

Eduardo Lindoso / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h21
Leandro Campos,   Kobayashi, Brigatti e Lucas Campos comandarão os principais times do Maranhão
Leandro Campos, Kobayashi, Brigatti e Lucas Campos comandarão os principais times do Maranhão (TECNICOS MARANHÃO )

SÃO LUÍS - Com o fim das festas de fim de ano, enfim, podemos dizer que, de fato, as equipes maranhenses começam a se preparar efetivamente para a temporada 2020. E com três, dos quatro grandes clubes do estado, em trabalho de pré-temporada, apenas o MAC ainda não se reapresentou, podemos dizer que iniciamos um ano atípico do ponto de vista de montagem de elenco. Entre esses times de maior expressão, apenas o Moto Club não iniciará mais este ano de disputa com o mesmo técnico que encerrou 2019. No início do ano passado, nenhuma destas equipes conseguiu tal feito. Então, se partimos do ponto de vista quem acredita que um trabalho de um técnico precisa de tempo para ser implantado, esse é um bom começo para o futebol maranhense. No entanto, as mudanças radicais dentro dos elencos, forçadas por questões econômicas, ainda seguem sendo um ponto negativo nos trabalhos anos após anos. Todas estas equipes iniciam este ano com a disputa do Estadual, que começa no dia 25 deste mês.

Se 2019 não foi uma temporada dos sonhos para estes quatro times da elite do futebol maranhense, podemos dizer que apenas o MAC teve um ano completamente desastroso. O Sampaio, apesar do início ruim, terminou o ano com um acesso para a Série B. O Moto Club, que largou o ano passado como a melhor equipe do estado, sob o comando de Wallace Lemos, bateu na trave no Maranhense, com o vice-campeonato, mas conseguiu se manter na disputa da Série D, em uma disputa que quase lhe rendeu um acesso.
O Imperatriz, que se consagrou campeão Estadual, depois de chegar à decisão por dois anos seguidos, fez uma boa campanha na Série C e terminou o ano em alta. Apenas o MAC teve um ano bem abaixo do esperado. Não brilhou no Estadual, fez um Brasileiro bem ruim, e, por fim, não venceu a Copa FMF e perdeu a chance de disputar mais um campeonato nacional este ano.

Sampaio e o “amor” por Brigatti

Diante deste cenário citado acima, ficou bem claro que, apesar do ano bem aquém do imaginado pela torcida do Sampaio 2019, o clube terminou o ano em alta. Se ficou mais uma vez fora da decisão do Maranhense, e uma campanha vexatória na Copa do Nordeste (um ano após sem campeão), inclusive com uma eliminação na seletiva para o Nordestão 2020, a Bolívia Querida terminou o ano passado melhor do que esperava. Arrancou na Série C depois da chegada de João Brigatti e não parou até conseguir o tão sonhado acesso.
Com esse bom desempenho, foi amor à primeira vista, e tanto a torcida como a diretoria não pensaram duas vezes em seguir sob o comando do treinador paulista, ao contrário do que aconteceu no início do ano passado, quando Marcinho Guerreiro amargou os jogos do rebaixamento em 2018 e foi trocado por Flávio Araújo para o início da temporada seguinte, o que não deu muito certo, como a própria história conta.
Com mais uma chance de treinar o Sampaio, João Brigatti, que foi bastante elogiado pelo presidente Sérgio Frota, teve a chance de ajudar na montagem da equipe que vai disputar o Maranhense, a Copa do Brasil e a Série B de 2020. Depois de folga para as festas de fim de ano, o elenco tricolor retorna aos trabalhos nesta sexta-feira (3)

Paulinho Kobayashi “titubeou”, mas ficou

No Imperatriz, o ano de 2020 começou diferente de 2019. No ano passado, o técnico Ruy Scarpino assumiu o time no fim da temporada, após Marcinho Guerreiro trocar a equipe do interior para tentar “salvar” o Sampaio na Série B. Sendo assim, o Cavalo de Aço iniciou este ano de outra forma. Apesar de ter feito uma boa campanha no Estadual, Ruy Scarpino não conseguiu se manter no cargo com oscilação na Série C e deu lugar a Paulinho Kobayashi, que assume o comando e, por pouco, não conseguiu o acesso à Série B.
Deixando boa impressão com seu trabalho depois do fim do ano, Paulinho recebeu o convite para permanecer, mas resolveu trilhar outro caminho. No entanto, um mês depois, o técnico paulista resolveu permanecer e dar continuidade ao trabalho. Neste ano, o Imperatriz terá o calendário mais cheio do futebol maranhense, com quatro competições: o Estadual, as copa do Brasil e do Nordeste, além da Série C.
Kobayashi, juntamente com a diretoria cavalina, conseguiu manter vários atletas que atuaram na Série C, mas, ainda sim, ganhou 15 novos reforços. O Imperatriz foi a primeira equipe do estado a iniciar sua pré-temporada. Depois da folga, o Cavalo de Aço retornou aos treinos nesta quinta-feira (2).

Não foi tão bom, mas vai continuar

No Maranhão, que teve uma temporada muito irregular, 2020 começa diferente de 2019. Se no ano passado a diretoria do Bode preferiu trocar Raimundinho Lopes por Marcinho Guerreiro, mesmo depois do título da Copa FMF e, consequentemente conquistar uma vaga na Série D, neste início de temporada a política foi de manutenção. O motivo deve ter sido o ano muito irregular do time. Não teve sucesso no Estadual e nem na Série D, quando não passou nem da primeira fase.

Mesmo comandando a equipe, sem sucesso, nas últimas rodadas do Brasileiro, Lucas Andrade foi chamado mais uma vez, desta última para disputar a Copa FMF. Porém, mais uma vez o sucesso não foi o esperado, com o time perdendo a final para o Juventude. Mas, acreditando que Lucas pode melhorar seu desempenho, a direção maqueana resolve mantê-lo para este ano.

Ainda sem saber como o elenco vai trabalhar, lembrando que nesta temporada o Maranhão disputará apenas o Estadual, Lucas Andrade vai iniciar sua pré-temporada somente na próxima semana.

Deu certo, porém não continuou

No Moto Club a tônica também foi a mesma. Muda de técnico na virada de um ano para o outro. Com a saída de Marcinho Guerreiro, que alegou problemas de salários atrasados em 2019, o português Luís Miguel encerrou o ano de 2018 à frente do Papão, mas, com desempenho fraco na Série D, ainda no fim do ano Wallace Lemos foi contratado. Em 2019 inteiro o técnico mineiro foi o responsável pelo comando da equipe, que teve um bom desempenho, mas não alcançou os objetivos esperados.

E, mesmo com aprovação da torcida e também da imprensa esportiva, ele foi substituído por Marcinho Guerreiro que, mais uma vez, alegando problemas de ordem econômica, deixou o clube do CT Pereira dos Santos, antes mesmo do início da pré-temporada. Daí, às pressas, o gaúcho Leandro Campos foi contratado como substituto.

O Papão teve apenas dois dias de folgas neste fim de ano, e continua em trabalho para a estreia no Estadual. Leandro Campo tem opinado na montagem da equipe, que continua se reforçando.

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