"Maranhense não aguenta mais", diz Adriano após taxa sobre soja e milho
Novo tributo foi incluído no mesmo projeto de lei que reduziu o Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) do gás de cozinha, e que autorizou o Estado a privatizar a Companhia Maranhense de Gás (Gasmar).
O deputado estadual Adriano Sarney (PV) comentou, em vídeo divulgado em suas redes sociais, a decisão do governador Flávio Dino (PCdoB) de taxar em mais 3% a tonelada da soja, do milho, do milheto e do sogo “produzidos e transportados no Estado do Maranhão”.
Segundo revelou O Estado em sua versão online na segunda-feira, 16, o novo tributo foi incluído no mesmo projeto de lei que reduziu o Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) do gás de cozinha, e que autorizou o Estado a privatizar a Companhia Maranhense de Gás (Gasmar).
A nova contribuição foi incluída na Lei nº 8.246/2005, que cria o Fundo Estadual de Desenvolvimento Industrial do Estado do Maranhão. É para esse fundo que serão direcionados os novos recursos arrecadados.
Aprovada no início de dezembro deste ano, a nova taxa passará a vigoram em março de 2020.
“O Governo do Estado, no apagar das luzes de 2019, decidiu tributar produtos agrícolas, aqueles que vêm do campo, que geram riqueza, que trazem investimentos de fora do estado para o Maranhão, que geram mais emprego, mais renda. E você sabe que, no final das contas, quem vai pagar é você”, destacou.
Segundo ele, “o maranhense não tolera, não aguenta mais o aumento de impostos, de tributos”.
Na terça-feira, 17, já haviam se manifestado sobre o tema o também deputados estadual César Pires (PV) e o senador Roberto Rocha (PSDB).
“Como ele viu o crescimento grande [do agronegócio], e ele não mais onde buscar dinheiro - porque já buscou do assalariado, no caso da aposentadoria, já buscou dos empresários do ICMS, já buscou da gasolina –, ele vai buscar, agora, justamente da produção rural. É a forma de ele captar recursos pelo desmantelo histórico que ele vem fazendo na administração do Maranhão”, declarou. “Já sofreu o combustível, a bebida, agora sofre o agronegócio”, declarou Pires, em entrevista a O Estado.
Já o senador Roberto Rocha (PSDB) criticou a forma como o novo imposto foi criado – incluído em um projeto extenso, que tratava de diversos outros assunto, e, ainda, “no apagar das luzes”.
“[Projeto] Feito no apagar das luzes deste ano para já começar a valer no próximo”, avaliou.
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