Literatura

Discursos inteligentes que provocam e instigam

Educadora Ceres Murad autografa hoje, às 19h, no Colégio Dom Bosco Exponencial, o livro "De Beyoncê a Habermas: O Que eu Disse a Jovens Profissionais", que apresenta uma coletânea de textos que resultaram de discursos por ela proferidos naquela instituiçã

Atualizada em 11/10/2022 às 12h21
Ceres Murad reuniu em livros discursos que são conselhos a jovens profissionais
Ceres Murad reuniu em livros discursos que são conselhos a jovens profissionais (Ceres murad)

São Luís - A educadora Ceres Murad lança hoje, às 19h, na nova sede do Colégio Dom Bosco Exponencial, o livro “De Beyoncê a Habermas: O Que eu Disse a Jovens Profissionais”, recheado de discursos proferidos pela Doutora em Psicologia da Educação e Reitora da UNDB Centro Universitário ao longo dos últimos anos nas solenidades de colação de grau realizadas na instituição.

A obra reúne 24 textos com temas contemporâneos e próximos dos estudantes, como os escritos de Chimamanda Adichie, usados por Beyoncé em uma de suas músicas, o herói sul-africano Nelson Mandela, as queimadas da mata e, até mesmo, o telefone celular. Traz, ainda, pensadores importantes, entre eles, Habermas e Hannah Arendt.

Ceres, que tem se dedicado com perseverança e entusiasmo à educação no Maranhão, explica que buscou temas do cotidiano, de personagens marcantes da cultura ocidental, de viagens que fez e do que viu por onde andou.

“Eu resolvi transformar esses textos em crônicas, pois os temas sempre despertaram muito interesse e vários alunos me pediam cópias desses discursos que, na verdade, não tinham o caráter formal e acadêmico dos discursos usuais. Eram falas diretas. Os alunos faziam comentários bem interessantes nas mídias sociais. Havia até aposta sobre o tema do ano. Achei que seria interessante reuni-los em um livro. É uma análise crítica do que se passa fora, sob a minha visão”.

Inteligente, antenada, extremamente observadora e analítica, ela traz na bagagem três décadas de trabalho e um apetite voraz para “dar mundo aos mundos”. Da travessia do rio Rubicão às andanças do cavaleiro de Cervantes; dos escritos de Mia Couto à fascinação do arquiteto Oscar Niemeyer por uma pedra lunar; das incessantes inovações tecnológicas aos horrores de uma floresta em chamas e por aí vai. Ceres vai conduzindo o leitor com a alegria pulsante de Beyoncê e a profundidade e argúcia de Habermas.

Lição - Para o escritor José Jorge Soares, os textos apresentados são feitos de palavras certas, garimpadas em seu vasto repertório, cuidadosamente apostas umas ao lado das outras, como pedras preciosas para formar uma joia. “Essa é a palavra que melhor define isso. Em cada um desses escritos, uma lição de vida. O legado de Ceres, por meio desses textos, vai além. Como dizia Bertrand Russel, a essência da experiência humana é a sabedoria. Isso, ela tem de sobra e compartilha com seus leitores”, resume ele, na contracapa.

No prefácio do livro, o desembargador federal Ney Bello, membro da Academia Maranhense de Letras e diretor do Curso de Direito da UNDB, descreve o texto da autora como preciso e leve. “Ceres dialoga com companhias que merecem noites sem sono. Seus discursos são exatos. Ela discursa leve, não existem citações desnecessárias ou erudições desconexas. Seus discursos sempre atentaram aos bons conselhos das lectures: leveza, rapidez, exatidão, visibilidade, multiplicidade e consistência. Em tempos de culto à ignorância e de desvalor do conhecimento, o livro que o leitor terá em mãos é um alento. É a vida que vale a pena ser vivida”, declara Bello.

A coletânea é composta pelos discursos “Viver é Perigoso”, “A Arquitetura da Vida”, “Sotaque da Terra”, “Olhos de Ressaca”, “O Ambiente é a Causa”, “Uma Questão de Qualidade”, “A Ética de Gardner”, “No Princípio, a Palavra”, “A mente Selvagem”, “O Salto”, “Dom Quixote”, “O Antigo e o Novo” e “A banalidade do Mal”. Tem ainda “Resiliência”, “Guerreiros de Xian”, “O Telefone Esperto”, “A Travessia do Rubicão”, “Contadores de Histórias”, “Uma Parte de Mim”, “Americana”, “O Homem e o Chapéu”, “Arco de Chuva”, “A Razão é Comunicativa” e “A Colônia”.

“Há momentos em que somos especialmente ávidos por palavras, respostas, segredos, confissões de fragilidade. Os ritos de passagens são alguns desses momentos. A formatura em uma faculdade é um destes ritos. E esse livro foi feito de palavras que compõem, talvez, um rosário, um colar, com o desejo invisível de que as levem consigo, impulsionadas pelo sopro que faz com que a alma siga pulsante, sempre”, finaliza a autora.

Esse é o sexto livro de autoria da educadora, que publicou também “Ópera na Escola” (2009); “Trabalhando Ópera com Crianças” (2000); “Turandot – a ópera de Puccini (2000); “Terra, Cultura e Tempo Futuro” (1990) e “Pedra da Memória” (1978).


Serviço

O quê

Lançamento do livro “De Beyoncê a Habermas: O Que eu Disse a Jovens Profissionais”

Quando

Hoje, às 19h

Onde

Colégio Dom Bosco (Avenida Colares Moreira)

Aberto ao público

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