Muita emoção e felicidade marcaram a inauguração da nova sede do Instituto Antonio Brunno, casa de apoio que recebe pacientes oncológicos. O local, sediado no conjunto Cohab, foi inaugurado na tarde de sábado (30) com festa que reuniu pacientes, familiares e autoridades. No novo espaço, poderão ser atendidos 220 pessoas por dia e cerca de cinco mil pacientes por mês.

A casa de apoio tem quase três mil metros construídos, e entre os 42 ambientes estão quartos que comportam 220 camas, brinquedoteca, refeitório, banheiros, salas de estar, salas de jogos, biblioteca e uma capela, além do espaço administrativo. Segundo o presidente do instituto, Antonio Lima Sousa, a casa é a realização de um sonho. “Começamos esta construção com muito amor, muita luta e graças a Deus podemos ver nosso sonho concretizado com a ajuda de muitas pessoas. Se me perguntarem se tínhamos os recursos para esta obra eu digo que não, mas que Deus tornou isso possível, sem nos deixar faltar nada”, disse.

O Instituto Antonio Brunno recebe pacientes com câncer, do Maranhão inteiro, e funciona por meio de doações. “Funcionamos como uma casa de apoio, então o que as pessoas puderem doar, nós agradecemos. Material de higiene, alimentos, e dinheiro que podem ser depositados nas contas da casa. E agora, com a ampliação da nossa capacidade de atendimento, vamos precisar muito de doações”, reforçou a vice-presidente do instituto, Fátima Lima Sousa.

A inauguração contou com a presença do governador Flávio Dino. “O Instituo Antonio Brunno é uma das entidades que orgulham o Maranhão. Investimos todos os meses R$ 15 milhões no tratamento contra o câncer, mantemos o Hospital Tarquínio Lopes exclusivamente para o tratamento oncológico, expandimos o tratamento para Caxias e Imperatriz. Mas sabemos que temos de fazer mais e temos procurado ajudar estas entidades como o Instituto Antonio Brunno e o Hospital Aldenora Bello. Mas nada disso funciona se não houver amor de quem cuida destes pacientes e é isto que vemos aqui, muito amor a todos”, disse o governador se comprometendo em dobrar o aporte financeiro que o Governo do Estado dá à entidade.

Pacientes
“A maior dificuldade é quando o paciente vem do interior para São Luís e não tem onde ficar. Os parentes não aceitam porque acham que a doença é contagiosa e isto é o que nos magoa mais. Mas hoje temos uma casa de referência que é o Instituto Antonio Brunno e estou muito feliz em fazer parte desta história”, disse Nádia Reis, que teve câncer e foi acolhida pelo instituto desde 2014 e atualmente está curada.

A voluntária Karem Silva iniciou os trabalhos no instituto por conta de um amigo que tinha câncer e faleceu. “Fui conhecendo o trabalho do instituto e vi que podia ser voluntária. Me candidatei ao curso, porque os voluntários precisam passar por um treinamento, e hoje faço um pouco de tudo aqui. A cada dia amo mais o que faço aqui”, diz.

SAIBA MAIS

Com uma rica história em filantropia e solidariedade, o Instituto Antônio Brunno foi fundado em 2011 por Antonio Brunno Pessoa de Sousa, que faleceu naquele ano após ter adquirido um câncer em 2010.

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