Karatê

Entre as três melhores do país, maranhense busca vaga na seleção

Radhyja do Carmo, que está entre as três melhores da categoria sub-12 do Brasil, voltou com uma medalha de bronze do Campeonato Brasileiro e agora mira a seleção nacional; mesmo sendo destaque nacional , a atleta sofre com a falta de apoio

Atualizada em 11/10/2022 às 12h22
Radhyja do Carmo Silva integra a Seleção Maranhense
Radhyja do Carmo Silva integra a Seleção Maranhense (RADHYJA KARATE )

SÃO LUÍS – Depois de quase cinquenta horas de viagem para ir e voltar para a cidade de Feira de Santana, no interior da Bahia, a karateca maranhense Radhyja do Carmo Silva voltou com um bronze e se manteve entre as três melhores atletas da sua categoria (sub-12) no país. Radhyja, que se graduou recentemente na faixa roxa, disputou, no fim de semana, a 25° edição do Campeonato Nacional de Karatê Shotokan 2019, que reuniu cerca de 320 competidores no ginásio de esportes do Sesi, no bairro Alto do Cruzeiro. Ela viajou, contando com ajuda de poucos amigos, pelo projeto social IKIGAI, que funciona na Academia da Polícia Civil do Maranhão, em parceria com a ADEPOL.

Competindo no Kata individual, kumite e Kata por equipes, e nesta última veio a medalha de bronze. Mesmo sendo unanimidade no karatê maranhense, e entre as três melhores do Brasil, a atleta segue uma rotina cansativa de treinamentos e cursos de aperfeiçoamentos. Na 25ª edição do Campeonato Nacional de Karatê Shotokan, Radhyja participou, acompanhada de mais 200 atletas, em um curso de aperfeiçoamento com o sensei Sadamu Uriu, responsável por trazer o Karatê Shotokan para o Brasil no final da década de 1950, e com o também sensei Takashi Yamagushi, diretor internacional da JKS (Confederação de Karatê). Os dois estão entre os karatecas mais respeitados no cenário internacional.

Integrante da seleção maranhense, Radhyja mira um lugar na Seleção Brasileira de Karatê e pretende se aperfeiçoar no Japão. “No futuro, eu quero uma vaga na Seleção Brasileiro. E, para isso, vou me aperfeiçoar no Japão. No Japão, eu vou encontrar o esporte e a filosofia de vida que eu amo”, comentou a atleta.

E, mesmo diante de todas as dificuldades, a família não desiste de apoiar o sonho deste jovem atleta. “Eu fico me questionando, quantas Radhyjas existem por aí, com talento, mas não têm apoio familiar. Por isso nós não desistimos. O objetivo dela é esse, e eu faço todo o esforço possível para dar esse apoio. As despesas das viagens são cara, e nós não temos condições de arcar, estamos sempre dependendo da ajuda das outras pessoas”, disse dona Ângela, avó e acompanhante de treinos e viagens. Ela aproveitou para agradecer, também, ao sensei Alberto e a esposa, que conseguiram a hospedagem para a delegação maranhense em Feira de Santana.

Com mais de dias horas de treinos com sensei Pedro Almeida, Radhyja ainda divide seu tempo com os estudos e com uma paixão em particular, a pintura. Ela, inclusive, fez recentemente uma exposição dos seus quadros na Associação Maranhense de Escritores Independentes no Maranhão (AMEI)

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