Alerta

Intensificadas ações de combate ao Aedes aegypti em São Luís

De janeiro a setembro deste ano, agentes da Prefeitura de São Luís vistoriaram mais de 865 mil imóveis em todas as áreas distritais da cidade; ação integra a política de saúde preventiva

Atualizada em 11/10/2022 às 12h22
As ações preventivas são realizadas constantemente pelo poder público municipal,
As ações preventivas são realizadas constantemente pelo poder público municipal, (Divulgação)

SÃO LUÍS - A Prefeitura de São Luís segue com intenso trabalho de combate ao Aedes aegypti e, consequentemente, a prevenção às arboviroses, em várias regiões da cidade. De janeiro a setembro deste ano foram visitadas mais de 865 mil imóveis, o que dá uma média de mais de 96 mil por mês.

Os agentes de endemias estão vistoriando residências para verificar possíveis focos da doença e orientar os moradores quanto às ações preventivas. O trabalho de controle vem apresentando bons resultados e o planejamento visa intensificar o combate às endemias, em especial, antes da intensificação do período chuvoso na cidade.

"A Prefeitura realiza diversas ações para evitar a proliferação do mosquito transmissor da dengue, como o fortalecimento da vigilância epidemiológica e entomológica, e campanhas de informação; mas a incidência da doença só diminui de fato com a participação da população. Cada vez mais é fundamental atuar de forma integrada", afirmou o secretário da Semus, Lula Fylho

As ações preventivas são realizadas constantemente pelo poder público municipal, coordenadas pela Secretaria Municipal de Saúde (Semus), através do Programa Municipal de Controle da Dengue e Arboviroses.

Visitas
Uma equipe formada por mais de 380 profissionais da área de saúde, entre supervisores gerais, supervisores de área e agentes sanitários agem em visitas domiciliares, inspeção e tratamento de pontos estratégicos, como borracharias, cemitérios e ferros velhos. Um trabalho complementar de ações de educação em saúde e nebulização espacial com o carro fumacê também é realizado pela Prefeitura.

Os bairros da capital são percorridos pela equipe de agentes, que visam alcançar todas as áreas distritais da cidade - Centro, Itaqui-Bacanga, Coroadinho, Cohab, Bequimão, Vila Esperança e Tirirical 1 e 2.

O cronograma de atividades durante as visitas domiciliares inclui a orientação aos moradores quanto ao armazenamento adequado de água e acerca de cuidados com recipientes como baldes, pneus velhos, saco plástico, vasos de plantas vazios e garrafas. Todos precisam ser embalados e descartados corretamente na lixeira ou guardados de boca para baixo.

Mortes no país
Até 12 de outubro deste ano, houve 689 mortes em decorrência da dengue em todo o país, de acordo com o mais recente boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, número quase 5,4 vezes maior que as 128 mortes registradas no mesmo período de 2018.

Ao todo, foram registrados 1.489.457 milhões casos notificados de dengue em 2019, até o 12 outubro, número cerca de 690% maior do que os 215.585 casos de 2018. A dengue atinge até o momento 708,8 em cada 100 mil habitantes. A região com a maior taxa de incidência é a Centro-Oeste, com 1.235,8 para cada grupo de 100 mil habitantes, apesar de ter um número menor de casos.

No período, o ano de 2019 é o terceiro com a maior notificação de casos de dengue no Brasil desde o início da série histórica, em 1998, ficando atrás somente de 2015 (1,68 milhão) e 2016 (1,5 milhão).
Entre as possíveis causas para o avanço da dengue está a volta de um sorotipo da doença que há anos não circulava no Brasil, conforme destacou o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.

“Tivemos a reentrada do sorotipo 2, há dois anos, e no ano passado isso fez um estrago muito grande no estado de São Paulo, na região de Bauru. Depois a dengue reentrou por Goiás, Tocantins – foi um número muito grande de casos, porque o sorotipo 2 havia muitos anos não circulava no Brasil, então agora ele volta com força total”, disse o ministro.
Outros fatores que contribuem para o retorno da doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypt concentram-se no aumento das chuvas em algumas regiões e também uma menor prevenção.

Chikungunya e zika
O levantamento do ministério também reúne informações sobre a febre chikungunya. Ao todo, os estados já contabilizavam, até 12 de outubro deste ano, 123.407 casos, contra 78.978 do mesmo período em 2018.

Segundo o ministério, o índice de prevalência da infecção, que também tem como transmissor o mosquito Aedes aegypti, é bastante inferior ao da dengue: 58,7 casos a cada 100 mil habitantes. Os estados do Rio de Janeiro (83.079) e do Rio Grande do Norte (12.206) concentram 77,2% dos casos prováveis. Até o encerramento do balanço, haviam sido confirmadas 75 mortes provocadas pela Chikungunya.

O boletim epidemiológico acompanha também a situação do zika. O levantamento, nesse caso, vai até 21 de setembro, quando foram registrados 10.441 casos notificados da doença. Neste ano, o zika vírus foi a causa da morte de três pessoas.

Recomendações
Para reduzir a proliferação do mosquito vetor das doenças, o Ministério da Saúde aconselha a população a manter ações de prevenção, como verificar se existe algum tipo de depósito de água no quintal ou dentro de casa. Outra recomendação é lavar semanalmente, com água e sabão, recipientes como vasilhas de água do animal de estimação e vasos de plantas.
Não deixar que se formem pilhas de lixo ou entulho em locais abertos, como quintais, praças e terrenos baldios é outro ponto importante. Outro hábito que pode fazer diferença é a limpeza regular das calhas, com a devida remoção de folhas que podem se acumular durante o inverno.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.