STF

Fachin: mudança sobre prisão em 2ª instância terá efeito catastrófico

Ministro Edson Fachin, que é relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, diz que prisões preventivas em caso de réus que são riscos à sociedade e ao processo ainda poderão ser determinadas

Atualizada em 11/10/2022 às 12h22
Ministro do STF, Edson Fachin, diz que eventual mudança no entendimento sobre prisão em 2ª instância não terá efeito catastrófico
Ministro do STF, Edson Fachin, diz que eventual mudança no entendimento sobre prisão em 2ª instância não terá efeito catastrófico (Edson Fachin e Roberto Barroso)

Brasília - O ministro Luiz Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou nesta quarta-feira, 6, que não vê "efeito catastrófico" sobre a operação caso o tribunal mude o entendimento sobre prisão em segunda instância.

Conforme o ministro, ainda será possível determinar prisões preventivas nos casos em que o réu representar riscos à sociedade e ao processo.

"A eventual alteração do marco temporal para a execução provisória da pena não significa que, em lugar da execução provisória, quando for o caso, seja decretada a prisão preventiva, nos termos do artigo 312 do Código de Processo Penal (quando o réu representa riscos). Então, não vejo esse efeito catastrófico que se indica", disse Fachin antes da sessão do STF desta quarta.

O relator da Lava Jato comentou as perspectivas para esta quinta-feira, 7, quando o Supremo retomará o julgamento sobre validade das prisões após segunda instância.

Os ministros vão analisar três ações que pedem que as prisões só sejam possíveis após o trânsito em julgado, isto é, quando não houver mais nenhum recurso disponível.

Quatro ministros já votaram pela manutenção da possibilidade de prisão após segunda instância, três pelas prisões somente após o trânsito em julgado. Faltam os votos de outros quatro.

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