Retrocesso

Maranhão despenca em competitividade nos últimos cinco anos

Estudo demonstra piora em uma série de indicadores socioeconômicos, o que tem tornado o estado a cada dia menos atrativo a investimentos

José Linhares Jr

Atualizada em 11/10/2022 às 12h22

Eleito em 2014 com a promessa de retirar o Maranhão do atraso e com a compromisso de melhorar os índices socioeconômicos do estado, o governador Flávio Dino (PCdoB) vê o Maranhão despencar ano após ano no Ranking de Competitividade dos Estados. Elaborado pelo Centro de Liderança Pública (CLP), o estudo é tido como um dos principais diagnósticos da situação dos estados brasileiros. E, pelo segundo ano consecutivo, o Maranhão foi considerado um dos piores estados no que diz respeito à competitividade em todo o país.

O MARANHÃO EM QUEDA

Em 2015, primeiro ano do governo Flávio Dino, o estado ocupava a 20º colocação entre todos os 27 estados da federação. O Maranhão aparecia à frente do Piauí, Pará, Rio Grande do Norte, Sergipe, Amapá, Acre e Alagoas.

Ranking de 2015 colocava o Maranhão na 20ª colocação
Ranking de 2015 colocava o Maranhão na 20ª colocação

Em 2016 o estado caiu três posições, sendo ultrapassado por Pará, Rio Grande do Norte e Alagoas. Em 2017 mais uma queda. O Maranhão ocupou a 25º posição, à frente apenas do Amapá (26º) e Sergipe (27º).

Nos últimos dois estudos, 2018 e 2019, o Maranhão se estabilizou como o segundo pior estado no que diz respeito à competitividade ocupando a 26º colocação.

Em 2018 estado caiu para penúltima colocação e se manteve assim em 2019
Em 2018 estado caiu para penúltima colocação e se manteve assim em 2019

O ESTUDO

O levantamento leva em consideração dez pilares: infraestrutura, solidez fiscal, sustentabilidade social, segurança pública, educação, eficiência da máquina, capital humano, sustentabilidade ambiental, potencial de mercado e inovação.

Publicado desde 2015, o ranking foi elaborado a partir de amplo estudo de benchmark internacional e de literatura acadêmica especializada sobre os estados. O estudo tem como base o tratamento dos dados e a análise dos indicadores e pilares.

São captados vários números distintos em 68 indicadores. Por se tratarem de natureza diversa, esses números são normalizados em unidades que variam de 0 a 100, mantendo a dispersão original dos dados. Os números também são submetidos a testes de correlação entre os indicadores. O estudo também consulta especialistas das diversas áreas para avaliarem se os pesos atribuídos são consistentes, tendo em vista a vasta experiência deles no estudo destas áreas.

ATUALMENTE

Em 2019 o ranking mostra que, por região, Sudeste, Sul e Centro-Oeste se concentram na metade superior do ranking, com os estados de Norte e Nordeste ocupando as últimas posições. Paraíba e Ceará seguem como os representantes do Nordeste mais bem colocados, em 11º e 12º lugar.

A média geral dos estados brasileiros é de 49. A nota do Maranhão em 2019 atingiu 31. Entre os pilares, o pior desempenho do estado acontece naquela que foi a maior promessa nas eleições de 2015, sustentabilidade social. Enquanto a média do país 51.5, o Maranhão obteve nota 0. Situação semelhante é observada no quesito inovação, com 39.2 para a média nacional e 0 para o Maranhão.

Outros indicadores: Educação - Maranhão (16.9) Nacional (46.4); Capital Humano – Maranhão (25.4) nacional (40.5); Infraestrutura – Maranhão (25.2) Nacional (37.9); Potencial de Mercado – Maranhão (22.6) Nacional (31.7); Sustentabilidade Ambiental – Maranhão (15) Nacional (52.8); Eficiência da máquina – 59.9 63.9; Solidez fiscal – Maranhão (58.1) Nacional (63.6); Segurança – Maranhão (70.3) Nacional (57.5).

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