Crise no PSL

Líder do PSL acusa Bolsonaro de "comprar votos" para eleger filho como chefe do partido

De acordo com o delegado Waldir (PSL/GO), o parlamento deve deliberar se este é um caso ou não de impeachment

Atualizada em 11/10/2022 às 12h22
(bolsonaro onu)

O líder do PSL na Câmara, Delegado Waldir (GO), disse nesta sexta-feira, em entrevista ao Globo, que o presidente Jair Bolsonaro comprou votos na disputa interna do partido para eleger Eduardo Bolsonaro como líder. Ele disse também que a legenda vai pedir a cassação do mandato de seis deputados federais do PSL que estão no grupo dos bolsonaristas.

Segundo o parlamentar, não faltou incentivo de sua parte para a eleição de Bolsonaro. "Fui eu que segurei todas as pautas econômicas que iam explodir no início do governo dele. Era final do governo Temer e eu sozinho em plenário, como líder que estava naquele momento, segurei as pautas bombas. Andei em 246 municípios de Goiás no sol, arriscando a minha vida em cima de carro de som, pedindo votos e gritando o nome dele", disse ao periódico.

De acordo com o deputado, o parlamento deve definir sobre a possibilidade de uma possível retirada de Bolsonaro do cargo. "Isso quem tem de decidir é o Parlamento e os partidos, se entenderem que é motivo para pedir um impeachment. A gravação é clara", afirmou.

A crise interna do partido começou quando o presidente da República disse que o líder do PSL, Luciano Bivar, estava "queimado". E o espaço do chefe do Executivo na sigla diminuiu ainda mais nesta sexta-feira (18).

Dos 34 novos membros da nova executiva nacional do PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro, apenas 20% são ocupadas por adeptos da ala chamada "bolsonarista", isto é, o grupo leal ao mandatário e que trava uma guerra interna contra a cúpula da sigla. A composição foi definida hoje em convenção realizada em Brasília.

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