Pais e filhos

Dia da Criança: usar a imaginação para garantir mais diversão

Combinar algo que agrade as crianças e que, ao mesmo tempo, caiba no bolso é o principal desafio para os pais; mas com diálogo e imaginação, a alegria é garantida

Atualizada em 11/10/2022 às 12h22
Rosângela Roma e sua filha Maitê, de 5 anos, se divertem das mais diferentes formas, sem muitos gastos
Rosângela Roma e sua filha Maitê, de 5 anos, se divertem das mais diferentes formas, sem muitos gastos (mãe e filha)

Outubro é o mês mais esperado do ano pelas crianças. Afinal, é quando se comemora o dia delas. Para muitos pais, mães e outros parentes, o grande prazer é proporcionar grandes surpresas e muita diversão para a meninada. Difícil, muitas vezes, é combinar algo que agrade as crianças e que, ao mesmo tempo, caiba no bolso. Como controlar o desejo dos pequenos por tudo que veem na frente? Como explicar que aquele brinquedo tão desejado não pode ser comprado no momento? Realizar ou não o desejo das crianças?

O ideal é ter um bom diálogo, independentemente da idade da criança. É o que orienta a psicóloga Celieane Chagas, do Hapvida Saúde. “Os pais não devem gastar no presente algo fora da própria realidade e isso é algo que deve ser compreendido pela criança, por isso, é muito positivo explicar ao filho o que pode ser comprado e o que pode ser feito neste dia. Por mais que a criança pareça não entender naquele instante, com o tempo, esse aprendizado será crucial. Além disso, o brincar é muito mais importante do que o brinquedo, pois brincar auxilia o desenvolvimento físico e emocional dos indivíduos”, ressalta a especialista.

Solidariedade
O primeiro passo, de acordo com Celiane Chagas, seria pais e filhos irem até o quarto e fazer um levantamento do que se tem e do que é usado ou não. “Mostrar para a criança que nem tudo aquilo que se deseja é utilizado. Outra forma é desenvolver a solidariedade das crianças, já que vão ganhar novos brinquedos, doar aqueles que já não causem mais interesse”, sugere.

Programação divertida
No dia 12, há muitas maneiras de se divertir com a criança sem gastar quase nada. A primeira dica de diversão pode ser realizada em casa mesmo, com várias atividades recreativas, sem recursos tecnológicos e que permitam que a criatividade fale mais alto: a caixa que vira caverna, a linha de lã que vira o cabelo da boneca, as tintas que transbordam do papel e dão asas à imaginação.

Os pais não só podem como devem entrar na brincadeira! A proposta é se desconectar de qualquer tela, seja ela do celular, do computador ou do tablet, para dedicar um tempo exclusivo aos filhos. Mas não há motivos para se preocupar se você não souber por onde começar. Rosângela Roma, mãe da pequena Maitê Roma, de 5 anos, usa muito bem a criatividade quando o assunto é brincar com a filha. Para elas, todo dia é dia de diversão, das mais diferentes formas. Brincadeiras sem muito custo no orçamento, mas de grande valor na vida afetiva.

“Eu pesquiso brincadeiras interessantes em que ela se sinta feliz e realizada. É aquele momento em que nós duas nos conectamos mais ainda como mãe e filha. Eu já desenhei um arco-íris e colocamos feijão, pintamos juntas. Fizemos um coração e colocamos palavras e sentimentos que vivemos na nossa família. Coisas simples que fazemos, mas que agregam muito na nossa relação, e tenho certeza de que ela vai levar esses momentos para sempre na memória”, afirma orgulhosa a dedicada mãe.

Rosângela conta que, durante as atividades com a Maitê, sempre tem um fundo musical. “Eu tenho memórias muito boas da minha infância com a música. Quando era pequena, a minha irmã cantava para mim. Desde que minha filha era bebê, busquei desenvolver essas atividades com ela e com direito à trilha sonora. Fico muito feliz por esses momentos e sei que tudo passa tão rápido. Então, aproveito cada minuto. Pintar, rabiscar, tantas outras coisas prazerosas que estamos fazendo juntas e sei que vão se eternizar em cada fase das nossas vidas”, enfatiza.

Brincar é coisa séria
Independentemente do que escolher fazer, o importante mesmo é estar ao lado do filho e otimizar esse tempo. Pensando nisso, a psicopedagoga Analéa Oliveira Marques idealizou o projeto “Brincar é coisa séria”, em que destaca a importância de realizar brincadeiras com a criançada no seio familiar.

“A criança precisa desse momento de lazer, a brincadeira desenvolve não somente o vocabulário da crian­ça, mas o comportamento social, emocional. Por meio dela, a criança vai ter a percepção do mundo, sentimentos e o desenvolvimento psicomotor. São aprendizagens que a brincadeira desenvolve, mas o uso de tantas tecnologias não ajuda nesse quesito. Por isso, estimulamos o reconhecimento de brincadeiras mais antigas e pedimos esses trabalhos junto aos pais, para favorecer o diálogo familiar. Nessa perspectiva, o resgate das brincadeiras colabora para o processo de construção de mundo da criança”, detalha.

Em relação à participação das famílias, o intuito não é só de movimentar, mas a proposta é envolver os pais. “Para as crianças, os pais são os maiores modelos e exemplos para os filhos. Por isso, ao brincar com os pais, as crianças ficam extremamente empolgadas, pois pensam na mamãe no papai na idade que elas têm hoje, um momento de construção e troca, no ambiente familiar”, pontua.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.