Adaptação

Crianças vão ao Centro Cirúrgico envolvidas em um ambiente lúdico

Projeto Brinquedoterapia, desenvolvido no HU-UFMA, em uma iniciativa da LAAP, trata de forma divertida o processo de preparação para a cirurgia

Atualizada em 11/10/2022 às 12h22
Paciente vai para centro cirúrgico fantasiado de super-herói
Paciente vai para centro cirúrgico fantasiado de super-herói (criança)

Que tal virar o Homem-Aranha, pegar seu Batmóvel e partir para resolver um caso complicado no Centro Cirúrgico? Esse foi o mun­do imaginário que envolveu as crianças internadas na Unidade Materno Infantil do Hospital Universitário da UFMA (HU-UFMA) na manhã de segunda-feira, 7. Tudo para que os pequenos guerreiros enfrentassem a angústia e os efeitos negativos de passar por uma cirurgia.

Trata-se do projeto Brinquedoterapia, uma iniciativa da Liga Acadêmica de Assistência Pré-operatória (LAAP) da UFMA em parceria com o Centro Cirúrgico Infantil, desenvolvido com o apoio da Divisão de Apoio Diagnóstico e Terapêutico (DADT) do HU-UFMA. A atividade consiste em mostrar de forma lúdica o processo de preparação para a cirurgia com a encenação de profissionais fantasiados. Logo na entrada, a Palhaça Girassol recebia a todos com um sorriso largo no rosto e ressaltou a importância desse momento. “Precisamos humanizar o atendimento aos pacientes cirúrgicos e esta é uma forma de transformar um momento de dor em um momento de amor”.

Modificar a rotina vivida pelos pacientes pediátricos dentro de uma unidade hospitalar, como forma de esquecer um pouco a dor e o sofrimento decorrente dos procedimentos que precisam se submeter. Esse é o objetivo maior do projeto Brinquedoterapia, promovido pela Liga Acadêmica de Assistência Pré-operatória, coordenada pela professora do Departamento de Enfermagem, Poliana Rabêlo, para os pequenos pacientes.

Ela explicou como a Liga Acadêmica desenvolve suas atividades. “A gente trabalha a parte da humanização do atendimento aos pacientes cirúrgicos e este ano, de modo especial, participamos de oficinas para humanizar a assistência às crianças cirúrgicas. Fizemos capacitações com todos os funcionários e tivemos o apoio da gestão da Unidade de Cirurgia e Recuperação Pós-Anestésica que participa conosco ativamente”.

Danielle Santos, chefe do Setor de Apoio Terapêutico do HU-UFMA e preceptora da LAAP, destacou os benefícios desse tipo de atividade. “A humanização da assistência pela equipe de saúde com o paciente pediátrico pode possibilitar à criança a redução da ansiedade e do medo do desconhecido. E também proporcionar mais segurança em relação ao tratamento, tanto para a criança quanto para seus familiares e acompanhantes. O cuidado humanizado e individualizado à criança durante seu período de internação deve envolver respei­to, atenção e segurança”.

Já a chefe da Unidade de Cirurgia e Recuperação Pós-Anestésica, Nádia Alessa de Moura, falou do impacto que um procedimento cirúrgico pode ter na vida de um paciente pediátrico. “A cirurgia pode ser uma experiência bastante traumática para a criança, que tem recursos cognitivos limitados para compreender o que acontece com ela e lidar com situações geradoras de estresse. Dar a ela a oportunidade de brincar é uma das estratégias que podem amenizar os efeitos negativos dessa experiência”.

Paulo Roberto Oliveira, de 33 anos, pai de Nicolas Gabriel, de 5 anos, que estava sendo submetido a um procedimento cirúrgico, participou de todo o acolhimento do seu filho e disse o que achou da ação. “Eu gostei. Achei interessante, porque a criança se distrai um pouco. E meu filho gostou bastante e acabou entrando no Centro Cirúrgico feliz e sem medo”.

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