BRASÍLIA - A previsão de protestos e boicotes já dissuadiu Bolsonaro da ideia de visitar Nova York em maio. Agora, em meio a uma crise de imagem considerada nos bastidores por diplomatas como uma das mais sérias dos tempos recentes, Bolsonaro aceitou enfrentar os manifestantes para fazer o discurso de abertura da Assembleia-Geral da ONU.
Pelo menos dois protestos de rua estão convocados para recepcionar o presidente do Brasil em Nova York. O primeiro está previsto para a segunda-feira à tarde, quando Bolsonaro desembarca nos Estados Unidos. O ato "cancele, Bolsonaro" deve acontecer a partir das 18h (horário de Brasília), no Bryant Park, próximo aos hotéis onde as delegações estrangeiras se hospedam durante a Assembleia.
A manifestação está sendo convocada pelos movimentos Defend Democracy in Brazil, New York Climate Save Movement e Climate Save Movement. Na manhã do dia seguinte, ativistas também ligados à defesa da causa ambiental organizam protestos nas ruas próximas à sede da ONU, onde Bolsonaro estará discursando.
Dentro do plenário da Assembleia-Geral, Bolsonaro deve ser alvo de boicote de delegações como a cubana. Diplomatas do país discutiram nos últimos dias a possibilidade de a missão de Cuba na ONU não compareça no momento do discurso de Bolsonaro.
Não seria a primeira vez que isso aconteceria durante discurso do Brasil. Quando o ex-presidente Michel Temer abriu a Assembleia-Geral da ONU logo após o impeachment da presidente Dilma Rousseff, países da América Latina protestaram: chefes de Estado da Costa Rica, Venezuela, Equador e Nicarágua saíram do recinto quando o presidente brasileiro começava seu discurso. Representantes de Cuba e Bolívia nem chegaram a entrar no local. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Saiba Mais
- Lira, sobre impeachment: ''estamos a um ano das eleições, o que ia resolver?''
- Presidente volta a criticar vacinas e promete novidade sobre tratamento precoce
- Reprovação de Bolsonaro recua para 58% e aprovação cresce para 33%
- ONG internacional denuncia Bolsonaro
- Bolsonaro responsabiliza governadores e prefeitos por crise econômica
Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.