Na manhã desta quinta-feira, 5, moradores de quatro comunidades do município de Paço do Lumiar, na Região Metropolitana de São Luís, realizaram um protesto em um trecho da Ilha, reivindicando continuidade da pavimentação na Vila do Povo, Tiago Aroso, Copacabana e Cohabiano 10. O grupo pedia a liberação da verba prometida para que as regiões fossem beneficiadas, já que foram prejudicadas pelas fortes chuvas que atingiram a ilha durante este ano.
A manifestação começou por volta das 7h, em uma das vias de acesso à Vila do Povo, uma das comunidades que está sofrendo com a falta de infraestrutura. Com pneus e pedaços de árvore, o grupo, composto por aproximadamente 50 pessoas, interditou o trecho da rua, pedindo urgência na liberação da verba pela Prefeitura de Paço do Lumiar. Por causa do protesto, um pequeno engarrafamento se formou no local, deixando o trânsito parado.
“Foi uma manifestação pacífica e ordeira. Não houve violência, baderna, nada disso. Apenas estávamos reivindicando o que é direito do povo”, frisou o pastor Odilon Cavalcante Lins, da Igreja Batista do Itapiracó. Um dos organizadores do protesto, ele disse que, no período em que Domingos Dutra (PC do B) esteve à frente da Prefeitura de Paço do Lumiar, ficou firmado que recursos seriam destinados às quatro comunidades do município, para que fossem asfaltadas, uma vez que a situação era precária.
“A Prefeitura conseguiu verbas dos governos federal e estadual para que as comunidades ganhassem pavimentação asfáltica. Porém, Dutra adoeceu e tivemos uma reunião com Paula da Pindoba (vice-prefeita Maria Paula Azevedo Desterro), que assumiu o lugar dele. O recurso simplesmente sumiu, desapareceu, e nós estamos sofrendo com isso, pois está tudo paralisado”, declarou o pastor. Odilon Lins frisou que a empresa que estava realizando a ação parou o projeto por causa da indefinição de quem iria pagá-la pelas obras na cidade.
Segundo o pastor, as comunidades, então, se mobilizaram, pois a obra está paralisada há um mês e 15 dias, sem que nenhuma resposta seja dada pelas autoridades com relação ao impasse. “Nós juntamos forças para reivindicar o que é nosso de direito, algo básico para uma vida digna, que são ruas pavimentadas. A comunidade Tiago Aroso, por exemplo, tem 23 anos e nunca recebeu asfalto. Isso é inadmissível”, assinalou Lins.
Recursos emergenciais
Ainda sobre o caso, a moradora Santana, da Tiago Aroso, frisou que a Prefeitura prometeu a pavimentação e que as obras foram iniciadas com recursos emergenciais, mas a verba acabou e a empresa desistiu do serviço. “Eles fizeram apenas limpeza e topografia. Tudo parou. Não tem piçarra, não tem nada. Retiraram as máquinas do local e a gente está aqui aguardando. A atual prefeita assumiu, diante da doença de Dutra, e, até agora não aconteceu nada”, comentou ela.
A preocupação dos moradores é com relação à chuva, que pode estragar o que já foi iniciado. “Vai desmanchar tudo o que foi feito. A principal avenida da região vai voltar a ficar intransitável. A gente está aguardando uma resposta da prefeita. Foi um ano de luta nossa”, apontou Santana.
Encerramento do protesto
Conforme o pastor Odilon, a manifestação foi encerrada após um representante da Prefeitura de Paço do Lumiar ter comparecido ao local. Ficou agendada, então, uma reunião na tarde desta sexta-feira, às 15h, no Conjunto Tambaú, em Paço do Lumiar. “Esperamos que tudo seja logo resolvido. Nós não queremos atrapalhar o direito de ir e vir das pessoas. Só queremos que tenhamos infraestrutura na região”, enfatizou Lins.
Informações sobre a situação denunciada pelos moradores foram solicitadas por O Estado à Prefeitura de Paço do Lumiar.
Até o fechamento desta edição, a resposta não foi enviada.
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