Artigo

A transformação digital e o mercado de trabalho

Atualizada em 11/10/2022 às 12h23

Em São Luís 20% de toda a frota de ônibus da ilha começou a circular sem cobradores, o que já é uma realidade em outras cidades brasileiras. Porém, o fato que quero chamar atenção aqui é para a polêmica em volta a esta decisão - é natural que nos preocupemos quando nossa estabilidade é ameaçada, porém, o mais preocupante é nos prendermos as regras do passado e não nos adaptarmos aos novos tempos. Um estudo recente da Consultoria PwC indicou que até um terço dos postos de trabalho no mundo poderão ser ocupados por robôs, inteligência artificial e automatização até o ano de 2030, para ser mais preciso, isso representa 800 milhões de empregos. Se olharmos para o Brasil, mais da metade (54%) dos empregos formais no Brasil poderá ser ocupada por robôs e programas de computador até 2026, segundo o Laboratório de Aprendizado de Máquina em Finanças e Organizações da Universidade de Brasília (LAMFO-UnB). É um número expressivo e que requer atenção de quem hoje está no mercado.

O que fazer diante deste cenário?

A minha dica principal está nas primeiras páginas do meu último livro (A Sua Marc@ no Digital, pela Editora Laboro): se você não quer ser substituído por um robô, não se comporte como um. Cada vez mais precisamos nos qualificar e aprender continuamente - o que o mercado hoje chama de lifelong learning (aprendizagem ao longo da vida), ou seja, é fundamental identificar as novas habilidades e competências exigidas pelo mercado e desenvolvê-las de forma permanente.

Seguindo a linha proposta pela Consultoria Gartner, os profissionais hoje precisam ajustar a sua mentalidade e desenvolver competências para o novo mercado. Separei 5 características indispensável para este novo momento:

Adaptabilidade: precisamos de pessoas flexíveis, ágeis e com habilidade para responder efetivamente à mudança de ambientes.

Mindset digital: hoje os profissionais precisam demonstrar habilidade para gerir e manipular mídias, informação e tecnologia por meio de plataformas inovadoras em seus negócios.

Foco nos resultados: todo negócio precisa gerar resultados sustentáveis e perenes, mais do que nunca os profissionais devem focar nas metas dos negócios e permanentemente buscar o crescimento.

Disposição para colaborar: nada é feito só, toda e qualquer inovação ganha forma e viabilidade com a integração das diversas competências. Trabalhar em time e estar disposto a colaborar tornará os profissionais mais competitivos no mercado.

Não se limitar a sua área de origem: hoje o mercado é cíclico e mutável. O mundo é VUCA (acrônimo para descrever quatro características marcantes do momento em que estamos vivendo: Volatilidade, Incerteza, Complexidade e Ambiguidade) e portanto, precisamos o tempo inteiro buscar novas frentes de atuação e utilizar nossa formação principal como base de desenvolvimento, mas, não podemos nos limitar.

Fernando Coelho

Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Gestão de Marketing, Inovação e Experiência do Cliente da UNDB - Centro Universitário, mestre em Ciências da Educação e Administração Escolar com Pesquisa na área de Tecnologia da Informação e Comunicação

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