Clandestinos

Cinco nigerianos são encontrados dentro de navio

Os estrangeiros estavam em um compartimento localizado nas bombas que direcionam o leme do cargueiro; Polícia Federal investiga o caso

Nelson Melo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h23
Navio Hawk I estava com cinco nigerianos  clandestinos  escondidos na máquina do leme
Navio Hawk I estava com cinco nigerianos clandestinos escondidos na máquina do leme (navio Hawk)

SÃO LUÍS - A Polícia Federal (PF) conduziu à sede de sua superintendência, na tarde de domingo (18), cinco estrangeiros por estarem de forma clandestina em um navio cargueiro Hawk I, com bandeira das Ilhas Marshall, nas proximidades do Porto do Itaqui, em São Luís. Eles são, possivelmente, nigerianos e estavam nus, de acordo com informações da Capitania dos Portos do Maranhão.

Segundo a Capitania, a manobra no navio foi cancelada devido à falta de segurança física para o prático. Os estrangeiros estavam na máquina do leme, compartimento localizado nas bombas que direcionam o leme do cargueiro, que transportava cobre. De acordo com o capitão de Mar e Guerra Marcio Ramalho Dutra, eles foram encontrados antes de a embarcação atracar.

Como os estrangeiros estavam na embarcação de forma ilegal, eles receberam voz de prisão e foram autuados em flagrante pela Polícia Federal no fim da tarde, por volta das 17h. A PF está investigando se o grupo é refugiado ou se a procedência é outra. Conforme a Capitania dos Portos, o navio havia atracado em Lagos, na Nigéria, antes de partir para o Maranhão.

O navio iria atracar no Porto do Itaqui por volta das 16h, onde seria abastecido de cobre. Em seguida, seria liberada a viagem para a Espanha, no Porto Huelva. No entanto, como a PF vai apurar o caso, a embarcação ficará retida até que a situação dos estrangeiros seja esclarecida.

Emap negou a informação
Em nota, a Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap) negou a informação de que um navio havia atracado nas referidas condições no Porto do Itaqui. “O Itaqui é um Porto público que segue rigorosas normas internacionais de segurança estabelecidas pelo ISPS CODE. Todos os navios atracados operam normalmente”, disse o órgão. l

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