Viajar

Intercâmbio após os 40 anos: você pode e deve fazer

Aumento de participantes nessa faixa etária chama a atenção; no ano passado, segundo pesquisa, 60 mil pessoas embarcaram com esse objetivo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h24
estudo mostra que intercâmbio para maiores de 40 anos tem  aumentado
estudo mostra que intercâmbio para maiores de 40 anos tem aumentado (Intercâmbio)

São Paulo - A lógica social dos anos 1980/90, na maioria dos países, era trabalhar (se possível na mesma empresa, até se aposentar), ter filhos, comprar uma casa e trocar de carro. Os adultos conheciam, no máximo, as cidades próximas a eles e concediam tempo para viajar apenas nos feriados e/ou férias. Esse cenário vem se alterando, e muito, com o passar dos anos. A lógica do trabalho mudou e as pessoas investem o seu capital mais em experiências do que em produtos. De acordo com a pesquisa Selo Belta (Pesquisa anual que ocorre desde o ano 2016 e analisa o comportamento do viajan­te/intercambista) da Associação de Agências de Intercâmbio do país, 365 mil pessoas embarcaram para realizarem intercâmbios em 2018. Dessas, 17,7% tinham 40 anos ou mais.

“Estamos falando de um aumento significativo dessa faixa etária. Em 2017, foram 15,1%. Outro dado interessante é que 62% das pessoas que embarcaram eram mulheres e estavam viajando sozinhas. É uma independência inspiradora”, comemora Maura Leão, presidente da Belta.

O número de intercambistas também aumentou de 2017 para 2018. Passou de 302 mil estudantes para 365 Mil estudantes. Gerando uma movimentação financeira de 1,2 bilhão de dólares. “Mesmo em um ano de crise , os brasileiros não deixaram de investir na sua educação e também em conhecer novos lugares. A maioria dessa faixa etária opta por fazer o curso de idioma. Porém, sempre combinam com algum outro curso como culinária, fotografia, entre outros”, evidencia Allan Mitelmao, diretor da Belta.

Tempo
O que chama atenção também na pesquisa Selo Belta 2018 é o tem­po dedicado para o intercâmbio: aumentou a escolha pelo período de 30 dias. Em 2017, 28,6% correspondia a esse tempo de duração, já em 2018 foi para 32,3%. Isso acontece porque essa faixa etária, 40 anos ou mais, optam por ter mais conforto durante a estadia. Por este tempo de viagem, é possível ficar em um hotel ou mesmo alugar um apartamen­to por meio de aplicativos de viagem.

"Claro que isso não impede que esse intercambista fique em casas de família ou mesmo em residência estudantil. Tudo vai depender muito do perfil dele. Há cursos inclusive que só aceitam a faixa etária de 40+. Assim, vale uma pesquisa detalhada de qual modalidade ele quer optar e claro olhar a lista das agências Selo Belta para não ter surpresas desagradáveis na aquisição do pacote", orienta Maura Leão, presidente da associação.

SAIBA MAIS

Dicas para ir bem nessa experiência

Recupere a sua capacidade de sonhar
Não tenha medo de se desligar da família. Esse é o momento em que você vai sair da sua zona de conforto, e por isso estipule um horário para falar com as pessoas no Brasil. Lembre-se de viver essa experiência e que você tem a mesma capacidade de aprender um novo idioma como os mais jovens. A nossa mente é elástica. Tudo depende do tempo que dedicamos para trabalhá-la.
Um olho no aprendizado e o outro em viver a cultura
A Belta mostrou que 67,7% das pessoas com 40 anos ou mais optam pelo intercâmbio com curso de idioma. E isso é excelente, porém recomenda viver a cidade. Vá aos estabelecimentos que só as pessoas que moram no local frequentam e etc. Aprenda o idioma e vivencie a cidade como os indivíduos nascidos nesses locais. A experiência, dessa forma, será única e você voltará realmente mais liberta.
Inclua um curso que tenha a ver com o seu momento atual
Caso você ainda trabalhe e veja uma perspectiva de crescimento ou mesmo um outro tipo de melhora para a sua carreira, você pode optar por cursos de pós graduação ou/e outros cursos profissionais. É o que apontou a pesquisa Selo Belta, as pessoas com 50 anos ou mais optaram pela pós-graduação Strict Sensu (essa modalidade ocupou o segundo lugar com 7,7%). Caso prefira, você pode também fazer a dobradinha do curso de idioma com cursos livres como história da arte ou gastronomia.
Atenção para a escolha do destino
Aqui vale uma análise do seu perfil: qual o clima em que se sente melhor, se prefere um local badalado ou mais tranquilo, quanto capital tem disponível, entre outros. Lembre-se de respeitar os seus limites e também optar por uma cidade que tenha a ver com os seus gostos. Se gosta de calor vale conhecer Malta, por exemplo, se prefere o frio, o Canadá pode ser uma ótima opção. Inclusive, o Canadá domina pelo décimo segundo ano consecutivo como destino preferido pelos intercambistas.
Saúde mental e física
Ficar com receio de viajar por conta da saúde é algo que tem solução. Procure um médico e faça um checkup antes de realizar o intercâmbio. Dessa forma, você viajará mais tranquilo. Lembre-se de contratar um seguro-viagem que cubra os imprevistos. Outra dica bacana é que há psicólogos especializados em viagens. Na e-psi.cfp.org.br/psicologas-cadastradas/ você encontra uma lista completa desses profissionais que podem, inclusive, lhe atender via Skype.
Consulte se a agência que deseja fechar o pacote tem o Selo Belta
Não somente por conta da segurança, como explicamos acima, mais também porque as agências certificadas possuem consultores educacionais especializados que fazem a diferença para o sucesso do programa escolhido.
Para verificar se a agência é certificada pela Belta antes de contratar o pacote, acesse o nosso site:www.belta.org.br

ENTENDA

A Belta é a única associação das agências de intercâmbio do Brasil e, para se obter o Selo Belta, é preciso passar por uma série de critérios de avaliação, como provar a saúde financeira da agência todos os meses, documentos regulatórios em dia, tempo de existência, entre outros.

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