Punição

PDT suspende Gil Cutrim, Tabata e outros 6 que votaram a favor da Previdência

A punição aplicada hoje impede que os parlamentares "falem em nome" do PDT ou utilizem a estrutura da legenda

O Estado MA

Atualizada em 11/10/2022 às 12h24
(Gil Cutrim)

O Diretório Nacional do PDT anunciou hoje a suspensão provisória do deputado federal maranhense Gil Cutrim, além da deputada federal Tabata Amaral e outros seis integrantes da bancada do partido que votaram a favor da reforma da Previdência contrariando a orientação do partido.

Junto com Gil Cutrim e Tabata, foram alvo da suspensão de de processos disciplinares os deputados: Alex Santana (BA), Subtenente Gonzaga (MG), Silvia Cristina (RO), Marlon Santos (RS), Jesus Sérgio (AC), e Flávio Nogueira (PI).

De acordo com Carlos Lupi, presidente da legenda, a punição aplicada hoje impede que os parlamentares "falem em nome" do PDT ou utilizem a estrutura da legenda. O líder na Câmara, André Figueiredo (PDT-CE), será orientado a pedir a retirada dos dissidentes das comissões na Casa.

Os membros da Executiva nacional, da Comissão de Ética e de movimentos sociais se reuniram hoje em Brasília para começar a debater a instauração de processos disciplinares. A expectativa é que todo o processo dure de 45 a 60 dias. De acordo com o rito estatutário, os envolvidos terão prazo para apresentação da defesa. Ao final desse período, a direção nacional do PDT decidirá se expulsa ou não os oito dissidentes ou se toma alguma outra medida administrativa.

Segundo Lupi, o parecer da Comissão de Ética pode orientar três opções: 1) expulsão da legenda; 2) manutenção da suspensão; 3) outra advertência mais branda

O pedetista também observou que o julgamento deixa a legenda em um dilema, pois a expulsão é considerada por muitos internamente como uma forma de "premiação". "A pessoa força a expulsão a vai para onde quer", justificou Lupi.

Por outro lado, destacou ele, se o partido não punir com severidade aqueles que contrariarem uma determinação do comando da sigla, isso poderia desmoralizar a instituição. "Significa dizer: para que serve partido? Não é [uma decisão] simples. Por isso que a gente vai esperar a Comissão de Ética amadurecer."

Carlos Lupi declarou que ainda é possível que os oito dissidentes mudem de posição no segundo turno da votação da reforma da Previdência e votem de acordo com a orientação do partido.

"Como o processo não está esgotado e ainda tem o segundo turno [da Previdência], e nós acreditamos que o ser humano é o único ser vivo capaz de evoluir, quem sabe alguns evoluem, ouçam o que está se fazendo de maldade com a base da sociedade que ganha até R$ 3.500. Quem sabe eles não voltem atrás e votem com o partido."

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