Cerca de 95% da produção de grãos no Maranhão é dominada por dois únicos produtos. Segundo levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), na safra 2018/2019, no estado, soja e milho responderão pela colheira de 5,018 milhões de toneladas, o que corresponde a 95% do total previsto de 5,290 milhões de toneladas.

Segundo as informações da Conab, no caso da soja, na região do Baixo Parnaíba Maranhense, segunda maior região produtora do estado, a colheita estava prevista para finalizar na segunda quinzena de junho, em razão de um pequeno atraso nessa operação favorecido pela continuidade das chuvas nesse período pesquisado.

A área plantada de soja nesse levantamento permaneceu no mesmo patamar da pesquisa anterior, sendo 4,3% superior em relação à safra 2017/18, passando de 951,5 mil hectares para 992,1 mil hectares semeados. A produtividade média deve ficar em torno 2.940 kg/ha, o que representa uma redução de 5,9% comparativamente a safra passada. A estimativa é de se colher 2,916 milhões de toneladas de soja no estado.

Já em relação ao milho, estima-se que serão colhidas 2,101 milhões de toneladas na atual safra. Na primeira safra, as lavouras de verão, conduzidas tradicionalmente durante o período chuvoso que vai de novembro a março, com diversos sistemas produtivos, se verifica o uso de alta tecnologia em cultivos extensivos e normalmente baixo nível tecnológico, conduzido por agricultores familiares.

Nesse levantamento ficou evidenciado a redução na área plantada de 29,2% em relação à safra 2017/18, ajustada conforme nossos colaboradores, bem como em razão do período chuvoso na região do baixo Parnaíba iniciado em novembro, o que fez com que parcela significativa dos produtores não tivessem tempo hábil para preparo do solo, sobretudo aqueles produtores que utilizam baixa tecnologia.

Na segunda safra, segundo a Conab, as lavouras de milho no estado foram favorecidas principalmente pelas condições climáticas. A área que será colhida desse cereal, provavelmente em julho, deverá ser 12,2% superior a área semeada na safra passada passando de 172,3 mil hectares para 193,3 mil hectares, com uma produtividade média estimada acima 5.700 kg/ha.

O aumento da área semeada com o safrinha foi fortemente influenciada pelos déficits hídricos – veranicos, ocorridos nas regiões sul e central do estado, por ocasião do desenvolvimento das lavouras de soja, que estimularam a semeadura do milho safrinha em maior proporção, como forma de atenuar os impactos resultantes das perdas com a lavoura da oleaginosa.

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Cultura do arroz

No último levantamento de safra realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), verificou-se que no caso do arroz, a cultura encontra-se em um estágio bastante avançado de colheita. Em algumas regiões as lavouras devem apresentar, produtividades médias bem abaixo da esperada, em função do forte veranico ocorrido em dezembro/2018 e janeiro/2019. É importante registrar que, as lavouras de arroz de sequeiro vem gradativamente perdendo espaço para outros sistemas produtivos, considerados pelos produtores de maior rentabilidade e menor risco. Nesse levantamento evidenciou-se que a área plantada deve sofrer uma redução de aproximadamente 48% em relação à safra anterior, passando a área de 166,7 mil hectares para 86,7 mil hectares.

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