Chacina

Cigano mandante de chacina em Coelho Neto é apresentado

Antônio Carlos Sobral da Rocha, o Didoca ou Cigano, foi preso sexta-feira em Vitoria do Mearim quando se preparava para fugir; ele responde por vários crimes, segundo a polícia

Ismael Araújo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h24
Antônio Carlos na apresentação em São Luís
Antônio Carlos na apresentação em São Luís (Cigano)

SÃO LUÍS - Antônio Carlos Sobral da Rocha, o Didoca ou Cigano, acusado de ser o mandante da chacina ocorrida no dia 9 deste mês em Coelho Neto, que resultou na morte de quatro ciganos e deixou cinco pessoas feridas, foi apresentado ontem na sede da Polícia Civil. Para a polícia, além desse crime, o criminoso é suspeito de envolvimento a vários homicídios no estado e de ter ameaçado de morte, pelo menos três delegados, lotados no interior do estado, nos últimos dois anos.

Didoca foi preso em cumprimento de uma ordem judicial na sexta-feira, 14, em Vitória do Mearim, quando se preparava para fugir para Imperatriz. “Didoca responde a pelo menos sete homicídios, que ocorreram no interior, e ainda é suspeito de assalto a bancos, porte ilegal de arma de fogo, tráfico de droga e líder de diversas investidas contra grupos ciganos rivais”, disse o delegado Armando Pacheco, superintendente da Polícia Civil do Interior.

Segundo o delegado, além desses crimes, existe a possibilidade desse criminoso ter ordenando vários assassinatos no interior do estado, entre eles de colombianos acusados de agiotagem, na cidade de Buriticupu.

Ações criminosas

Armando Pacheco informou que Didoca vem agindo no estado desde 2012. Neste período, ele foi preso, mas como tinha sido baleado foi levado para o Hospital Municipal Socorrão II, em São Luís, de onde foi resgatado por integrantes da sua organização criminosa.

No dia 9 de março de 2013, ele teria assassinado Carlos Gonzaga Rodrigues, no povoado Colombo, zona rural de Itapecuru-Mirim. A vítima estava em uma motocicleta quando foi alvejada com vários tiros disparados feitos por Didoca, que estava em um carro junto com outros comparsas.

Ele foi preso durante uma operação da Superintendência de Investigações Criminais (Seic), no dia 24 de setembro de 2015, em Miranda do Norte. Também foi preso no dia 11 de maio de 2016 pela Superintendência de Repressão ao Narcotráfico (Senarc), em Miranda do Norte, pelo crime de homicídio.

Captura

Os policiais estavam realizando incursões no interior do estado com um mandado de prisão em desfavor de Didoca. Segundo a polícia, o criminoso, após a chacina de Coelho Neto, passou a dormir em uma área de matagal. A polícia ficou sabendo que ele estava em Vitória do Mearim e pretendia fugir para a Região Tocantina.

Os policiais fizeram o cerco em Vitória do Mearim e conseguiram localizar o criminoso em um veículo de passageiros, que tinha como destino Imperatriz. “Esse criminoso tem a facilidade de circular pelo estado”, disse Armando Pacheco.

Há informações de que a chacina de Coelho foi ocasionada como vingança contra os ciganos que teria assassinado o seu sogro. O grupo foi até o mercado público dessa cidade e fez os disparos em via pública. Nessa ação criminosa morreram quatro pessoas e três foram identificadas como José de Ribamar Silva Costa, o Cacau; Antônio José da Silva, o Gê; e Antônio Francisco da Silva Costa.

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