Ato bárbaro

Mãe acusada de ter esquartejado o filho vai para Pedrinhas

Patrícia Maria Pereira foi presa na quarta-feira em Itapecuru-Mirim, apontada como autora do bárbaro crime ocorrido em maio; os avós da criança também estão presos

Ismael Araújo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h24
Patrícia Maria dos Santos Pereira, acusada de matar o próprio filho
Patrícia Maria dos Santos Pereira, acusada de matar o próprio filho (Patrícia)

SÃO LUÍS - A polícia encaminhou ontem para a unidade prisional em São Luís, Patricia Maria dos Santos Pereira, de 20 anos, acusada de ter matado e esquartejado o próprio filho de três meses de Idade. Ela foi presa na tarde de quarta-feira, em Itapecuru-Mirim, por decisão judicial e transferida em seguida para Pedrinhas. Os avós da criança, Jackson Matos Pereira, de 40 anos, e Marilene dos Santos Menezes, de 45 anos, já haviam sido presos no dia 7 de maio, por envolvimento nesse ato bárbaro.

O corpo do bebê foi encontrado em um terreno baldio, no povoado Vinagre, zona rural dessa cidade, no dia 3 de maio, em estado de putrefação. O corpo foi transferido para o Instituto de Criminalística (Icrim), em São Luís para ser periciado e os exames comprovaram que não se tratava de um aborto, mas de um bebê com 3 meses de nascido.

Investigação

Segundo o delegado Samuel Morita, da regional de Itapecuru-Mirim, o caso passou a ser investigado sob a coordenação da delegada Tainara Mendes, que descobriu, por meio de imagens de uma câmera, que os restos mortais do bebê tinham sido jogados no local pelo casal Jackson Matos e Marilene dos Santos, que estava em um veículo táxi Fiat Way vermelho.

A polícia pediu, então, a prisão do casal ao Poder Judiciário que foi cumprida no dia 7 de maio. Na delegacia, eles disseram que um cliente, nome não revelado, tinha abandonado uma sacola dentro do veículo deles e imaginaram que seria carne podre e jogaram fora no terreno baldio, no povoado Vinagre.

Patrícia Maria também foi ouvida e declarou que os pais não sabiam da sua gravidez e que no sexto mês de gestação, tinha sofrido um aborto espontâneo e colocado os pedaços do corpo da criança em uma sacola no carro dos pais.

A mulher ainda tem um outro filho, também menor. “A criminosa tentou ludibriar a polícia e apresentou uma falsa declaração na delegacia”, declarou Samuel Morita.

Exames

O delegado informou que os exames periciais do Icrim comprovaram que a criança tinha três meses de vida quando foi assassinada e o corpo esquartejado. “A polícia acredita que esse bebê pode ter sido usado em ritual macabro, e isso estamos investigando”, disse Samuel Morita. Ao receber os exames periciais e descobrir que a mulher havia mentido, foi, então pedida a sua prisão, que foi cumprida na quarta-feira.

Ele informou, ainda, que os detidos serão submetidos mais uma vez a oitivas na delegacia, assim como vizinhos deles e em seguida o inquérito policial vai ser encaminhado ao Poder Judiciário.

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