São João

Na concentração para os festejos juninos

Um dos mais contagiantes grupos de orquestra, o Boi de Morros levará um belo espetáculo para os arraiais, protagonizado por quase 150 componentes, rica indumentária e novas coreografias e toadas

Atualizada em 11/10/2022 às 12h25
Bailarinos do Boi de Morros
Bailarinos do Boi de Morros (Boi de morros)

São Luís - Um dos batalhões sotaque de orquestra mais disputados para apresentações no São João do Maranhão, o Boi de Morros está com agenda lotada para este ano. O grupo concebido às margens dos rios Una e Munim agrega quase 150 componentes, exibe rica indumentária e figura com um dos mais bem organizados do estado. Este ano, a manifestação folclórica vai aos terreiros, no mês de junho, com 38 novos integrantes, sendo 15 índias, dez índios, cinco vaqueiros campeadores e oito de fita. O tema é “Pois n’Ele vivemos, nos movemos e existimos”.

Segundo José Carlos Muniz Lobato Filho, um dos cantadores e que integra a coordenação e a equipe de marketing do grupo, os ensaios acontecem semanalmente, sendo sábado na quadra poliesportiva da praça principal do bairro Alemanha e domingo, na Chácara Irmão Sol, no Parque das Palmeiras. A expectativa é grande para mostrar o novo trabalho nos terreiros juninos, incluindo novas coreografias, figurino e toadas. Para tal, a família Lobato desdobra-se em múltiplos braços, sempre contando com o apoio de muita gente, inclusive moradores de Morros e de Icatu.

O batalhão receberá as bênçãos oficiais no batizado do dia 1o de junho, em Morros. Antes, fará a apresentação oficial de seu figurino. Trata-se do único grupo folclórico maranhense que apresenta sua indumentária à comunidade com uma grande festa. Este ano, a chamada “Noite da Indumentária” acontecerá na noite de 24 de maio, na Associação do Ministério Público do Estado do Maranhão (Calhau).

“É quando revelamos o novo figurino de todo o batalhão, pois é um trabalho de vários meses e que envolve muita gente. Logo, é muito importante para nós, haja vista que é um dos elementos da nossa identidade. Morros é uma família e cada detalhe do nosso projeto deve ser ressaltado”, diz Lobato Filho, que acaba acumulando inúmeras funções no grupo.

O incrementado figurino é apenas um dos atrativos do Boi de Morros. As toadas, geralmente com conteúdo religioso e destacando trechos da Bíblia, somam-se à diversidade de instrumentos, tocados por 20 instrumentistas, e à beleza dos bailarinos, pois são eles que dão vida e graça ao conjunto da obra. “Um lugar no corpo de baile requer dedicação e amor pela cultura”, afirma Lobato Filho, explicando que a diretoria do boi realiza, todos os anos, um seletivo para que outros jovens possam ter a oportunidade de entrar para o batalhão, mas precisam mostrar gingado, simpatia e, mais do que tudo, se orgulhar da cultura maranhense.

As apresentações são comandadas pelos amos-irmãos José Carlos Lobato e José Maria Lobato. São eles que apitam a manifestação nos terreiros. De acordo com o primeiro, a procura pelo grupo folclórico este ano superou todas as expectativas. “As propostas começaram desde o mês de fevereiro e os telefones não param. Uma prova de que nosso trabalho é reconhecido e agradecemos a Deus por isso”, revela.

A predileção pelo boi originário do município de Morros é explicada pelo contagiante espetáculo imprimido nos arraiais. As apresentações dão direito a coreografias caprichadas, encenações teatrais do auto do bumba meu boi, efeitos pirotécnicos e um show de sincronia dos bailarinos, exibindo corpos esculturais e indumentária complementada com acessórios e pintura corporal e de rosto. Por ser numeroso, o batalhão geralmente precisa de muito espaço para evoluir e todos esses detalhes são acertados antes com os coordenadores dos eventos.

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