Desemprego

Maranhão perdeu 3.334 vagas de emprego formal no primeiro trimestre do ano

Foi o 8º pior resultado no país, de acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que foram divulgados ontem; construção civil foi a atividade que mais desligou trabalhadores

Riba Cunha

Atualizada em 11/10/2022 às 12h25
De acordo com o Caged, somente o setor da construção civil eliminou 1.995 postos formais de trabalho
De acordo com o Caged, somente o setor da construção civil eliminou 1.995 postos formais de trabalho (Emprego,)

SÃO LUÍS - O estado do Maranhão registrou o fechamento de 3.334 postos de trabalho com carteira assinada (emprego formal) no primeiro trimestre deste ano, queda de 0,72%. Foi o 8º pior resultado no país, de acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que foram divulgados ontem.

Esse saldo negativo no mercado de trabalho maranhense corresponde à diferença 34.047 admissões no período, contra 37.381 demissões. A construção civil foi a atividade econômica que mais desligou trabalhadores no primeiro trimestre, totalizando 1.995 vagas fechadas.

Destacam-se negativamente também o comércio e o setor de serviços, responsáveis pela eliminação de 827 e 494 empregos formais, respectivamente. Também contribuíram ainda que em menor escala, os segmentos da administração pública (-162 vagas) e dos serviços industriais de utilidade pública (-55 vagas).

Atividades como agropecuária (+97 vagas), indústria de transformação (85) e Extrativa mineral (17) apresentaram saldos positivos no mercado de trabalho maranhense, conforme as estatísticas do Caged, no acumulado do ano para o estado.

De 52 municípios maranhenses com mais de 30 mil habitantes acompanhados pelo Caged, mais de 30 tiveram saldo negativo, com destaque para São Luís, que perdeu 3.231 vagas no primeiro trimestre deste ano. Também perderam postos de trabalho as cidades de Imperatriz (-385), Santa Inês (-372), Açailândia (-262) e Itapecuru-Mirim (-163).

Março

No mês de março, o estado teve a perda de 830 postos de trabalho, seguindo tendência do Brasil, que também apresentou saldo negativo, com o fechamento de 43.196 vagas de emprego, consequência de 1.261.177 admissões e 1.304.373 desligamentos.

O resultado negativo deste mês tem relação direta ao observado em fevereiro, quando houve saldo positivo de 173.139 vagas, acima das expectativas. Os setores que normalmente admitiam nesta época do ano anteciparam as contratações para fevereiro, e aqueles que demitiam concentraram as demissões em março. O fato provocou tendências opostas entre os meses.

Em março, houve perda acentuada de vagas no comércio (-28.803), seguido da agropecuária (-9.545), construção Civil (-7.781), indústria de transformação (-3.080) e serviços industriais de utilidade pública (-662). Três setores tiveram resultado positivo em março: Serviços, Administração Pública e Extrativa Mineral.

Nos serviços, foram criados 4.572 empregos, impulsionados pelo subsetor de Ensino, que abriu 11,7 mil vagas, e pelo de Transporte e Comunicações, que gerou 7,1 mil novos postos. A Administração Pública teve o segundo melhor resultado para o mês, com a geração de 1.575 vagas, acompanhada pela Extrativista Mineral, que abriu 528 vagas.

Mais

Modernização Trabalhista

Pela modalidade de trabalho intermitente foram gerados 6.041 empregos, envolvendo 2.216 estabelecimentos e 1.720 empresas contratantes. Esse resultado representa um aumento de 2.842 mil empregos (88%) na comparação com março de 2018, quando o saldo foi de 3.199 mil empregos intermitentes. Foram registradas ainda 7.085 admissões em regime de tempo parcial e 4.956 desligamentos, gerando um saldo positivo de 2.129 postos de trabalho. Ocorreram 18.777 desligamentos mediante acordo entre empregador e empregado.

Números

3.334

foi o número de postos de trabalho com carteira assinada fechados no primeiro trimestre deste ano no Maranhão, o 8º pior resultado no país, de acordo com os dados do Caged

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