Ronaldo Rocha
Da editoria de Política
O deputado estadual Rildo Amaral (SD) cobrou, ontem, do secretário de Estado da Segurança Pública, Jefferson Portela (PCdoB), na tribuna da Assembleia Legislativa, a implantação de uma Delegacia Especial de Investigações de Homicídios no município de Buriticupu.
O parlamentar justificou o pedido com base no elevado número de homicídios registrados na cidade e que ainda estão sem solução. Ele afirmou que recentemente quatro empresários de Buriticupu foram assassinados. Os crimes, segundo Rildo, não foram solucionados e assustam a população.
“Eu fiz a indicação, mas quero reforçar aqui que o secretário encaminhe a Delegacia Especial de Investigação de Homicídios para Buriticupu. Já são quatro homicídios seguidos de empresários em Buriticupu que não se têm solução e em duas ruas muito próximas uma da outra. E na população de Buriticupu há uma sensação de insegurança, uma sensação que a população reforça de não ter essa investigação completa”, afirmou.
Rildo Amaral afirmou que a SSP deve pelo menos indicar que os crimes serão investigados, com uma resposta concreta à sociedade.
“Nós precisamos levar, pelo menos, a sensação de que esses crimes vão ser investigados, para que não aconteça em série o que está acontecendo”, completou.
Pressão
Apesar de o parlamentar ter tentado amenizar o discurso para não abalar a relação com o secretário, a cobrança provocou maior desgaste ao chefe da SSP, que enfrenta fortes acusações do delegado Tiago Bardal, ex-superintendente de Investigações Criminais (Seic).
Bardal já fez pelo menos três graves acusações a Portela: a 1ª diz respeito à determinação para que a Polícia Civil realizasse uma investigação clandestina e ilegal a quatro desembargadores do Tribunal de Justiça.
A 2ª denúncia de Bardal atinge Jefferson numa suposta manobra para impedir a reabertura das investigações do assassinato do jornalista Décio Sá.
E a 3ª denúncia aponta para uma suposta intervenção do titular da SSP nas investigações de uma operação contra a Máfia da Agiotagem.
Buriticupu já registrou explosão de banco e sequestro de primeira-dama
O município de Buriticupu tem sido alvo de ações do crime organizado e tem apresentado elevado índice de violência nos últimos anos. Morte de policiais militares, assalto a banco e sequestro da primeira-dama do municipio, Betel Gomes, foram registrados.
Em 2016, dois policiais militares - o cabo Júlio César da Luz Pereira e o soldado Carlos Alberto Constantino Sousa - desapareceram de forma misteriosa. Mais de um ano depois, após pressão da imprensa e das famílias destes, a SSP confirmou a morte de ambos.
Em 2017, a SSP anunciou a prisão de militares investigados pela morte dos policiais, mas jamais revelou a identidade destes ou a autoria do crime. Os corpos do cabo e do soldado também jamais foram encontrados.
Em maio do ano passado a primeira-dama do município, Betel Gomes, e uma professora, Raimunda Gomes da Costa, foram sequestradas. Os bandidos, presos pela polícia quando tentavam fugir, cobravam R$ 50 mil pelo resgaste das duas.
No mês de agosto, o município foi alvo do crime organizado. Uma quadrilha especializada em assalto a banco invadiu e realizou uma ação criminosa numa agência do Banco Bradesco.
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