Crise

Governista pressiona Jefferson Portela por violência e mortes em Buriticupu

Rildo Amaral afirmou que já foram registrados quatro homicídios seguidos de empresários em Buriticupu, sem qualquer solução por parte da polícia

Ronaldo Rocha da editoria de Política

Atualizada em 11/10/2022 às 12h25
Rildo Amaral quer instalação de delegacia especial em Buriticupu
Rildo Amaral quer instalação de delegacia especial em Buriticupu (Rildo Amaral)

Ronaldo Rocha
Da editoria de Política

O deputado estadual Rildo Amaral (SD) cobrou, ontem, do secretário de Estado da Segurança Pública, Jefferson Portela (PCdoB), na tribuna da Assembleia Legislativa, a implantação de uma Delegacia Especial de Investigações de Homicídios no município de Buriticupu.
O parlamentar justificou o pedido com base no elevado número de homicídios registrados na cidade e que ainda estão sem solução. Ele afirmou que recentemente quatro empresários de Buriticupu foram assassinados. Os crimes, segundo Rildo, não foram solucionados e assustam a população.
“Eu fiz a indicação, mas quero reforçar aqui que o secretário encaminhe a Delegacia Especial de Investigação de Homicídios para Buriticupu. Já são quatro homicídios seguidos de empresários em Buriticupu que não se têm solução e em duas ruas muito próximas uma da outra. E na população de Buriticupu há uma sensação de insegurança, uma sensação que a população reforça de não ter essa investigação completa”, afirmou.
Rildo Amaral afirmou que a SSP deve pelo menos indicar que os crimes serão investigados, com uma resposta concreta à sociedade.
“Nós precisamos levar, pelo me­nos, a sensação de que esses crimes vão ser investigados, para que não aconteça em série o que está acontecendo”, completou.

Pressão
Apesar de o parlamentar ter tentado amenizar o discurso para não abalar a relação com o secretário, a cobrança provocou maior desgaste ao chefe da SSP, que enfrenta fortes acusações do delegado Tiago Bardal, ex-superintendente de Investigações Criminais (Seic).
Bardal já fez pelo menos três graves acusações a Portela: a 1ª diz respeito à determinação para que a Polícia Civil realizasse uma investigação clandestina e ilegal a quatro desembargadores do Tribunal de Justiça.
A 2ª denúncia de Bardal atinge Jefferson numa suposta manobra para impedir a reabertura das investigações do assassinato do jornalista Décio Sá.
E a 3ª denúncia aponta para uma suposta intervenção do titular da SSP nas investigações de uma operação contra a Máfia da Agiotagem.

Buriticupu já registrou explosão de banco e sequestro de primeira-dama

O município de Buriticupu tem sido alvo de ações do crime organizado e tem apresentado elevado índice de violência nos últimos anos. Morte de policiais militares, assalto a banco e sequestro da primeira-dama do municipio, Betel Gomes, foram registrados.
Em 2016, dois policiais militares - o cabo Júlio César da Luz Pereira e o soldado Carlos Alberto Constantino Sousa - desapareceram de forma misteriosa. Mais de um ano depois, após pressão da imprensa e das famílias destes, a SSP confirmou a morte de ambos.
Em 2017, a SSP anunciou a prisão de militares investigados pela morte dos policiais, mas jamais revelou a identidade destes ou a autoria do crime. Os corpos do cabo e do soldado também jamais foram encontrados.
Em maio do ano passado a primeira-dama do município, Betel Go­mes, e uma professora, Raimunda Gomes da Costa, foram sequestradas. Os bandidos, presos pela polícia quando tentavam fugir, cobravam R$ 50 mil pelo resgaste das duas.
No mês de agosto, o município foi alvo do crime organizado. Uma quadrilha especializada em assalto a banco invadiu e realizou uma ação criminosa numa agência do Banco Bradesco.

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