Opinião

Ilha vulnerável

Atualizada em 11/10/2022 às 12h25

Ruas e avenidas do Maiobão, em Paço do Lumiar, foram inundadas durante o temporal que castigou o município na tarde da última terça-feira (2) e, pelo menos, uma das vias foi destruída. Carros foram arrastados pela enchente em alguns pontos do conjunto residencial e, em certos momentos, pessoas tiveram a vida ameaçada pela força das águas, tamanha a vulnerabilidade da infraestrutura do município às chuvas torrenciais.

Sem rede de drenagem eficiente, a Rua 11 do Maiobão foi devastada pela enxurrada e perdeu todo o calçamento. Casas tiveram a estrutura danificada e um dos imóveis apresenta risco de desabar. As imagens impressionantes do estado da via após a inundação, propagadas em redes sociais e aplicativos de mensagens, mostram um cenário de terra arrasada e moradores atônitos, à espera de socorro, e indignados com o descaso ao qual foram relegados pelos governantes.

Nas outras áreas alagadas do Maiobão, os estragos também foram graves. Além dos danos materiais, houve quem temesse que algo pior acontecesse. Como a água invadiu casas e cobriu veículos até acima da metade, o risco de tragédia foi real, o que deixou traumas em muitas pessoas. Entre os atingidos, o sentimento comum é de medo, que se torna generalizado ao menor sinal de chuva.

Sem a mínima condição de enfrentar o problema, Paço do Lumiar continuará sofrendo as consequências da falta de ações preventivas contra as chuvas rigorosas que castigam o município. Impotente e ciente de que não fez o dever de casa, o prefeito Domingos Dutra (PCdoB) não teve outra alternativa, a não ser decretar estado de emergência, medida anunciada ontem.

A administração municipal informou ter feito relatórios fotográficos das áreas atingidas, das escolas e unidades básicas de saúde danificadas. Segundo a prefeitura, as imagens foram encaminhadas à Defesa Civil estadual para homologação da situação de emergência pelo governador Flávio Dino (PCdoB). Uma vez oficializada a emergência, o Município poderá contratar máquinas, empresa de manutenção predial e outros bens e serviços para amenizar e reparar os transtornos provocados à população pelas chuvas.

O Maiobão, assim como tantas outras localidades da Ilha de São Luís, vem sendo arrasado pelos sucessivos temporais que desabam sobre a região metropolitana, desde o centro da capital às áreas mais distantes. Obviamente, há de se levar em conta as chuvas rigorosas registradas nos últimos meses, que têm maior poder de destruição. Por outro lado, é mais do que oportuno questionar a falta de ações preventivas do poder público para amenizar os estragos causados pelo fenômeno natural.

Enquanto acumulam prejuízos materiais e têm a vida ameaçada a cada tempestade, a população aguarda as benfeitorias prometidas por Flávio Dino na campanha à reeleição. Pelo visto, a parceria com as prefeituras da região metropolitana, anunciada pelo comunista em palanque parece ter afundado, literalmente.

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